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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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APERTO MENOR

Para ministro, decisão é amostra de que a política monetária ao longo do ano foi "acertada"

Palocci afirma que redução foi técnica

FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) considerou a queda da taxa de juros em 2,5 pontos percentuais ontem uma amostra de que a política monetária do governo durante todo o ano foi "acertada" e ressaltou que a decisão foi técnica. Ele comemorou o controle da inflação, mas disse que esse é um combate permanente.
Segundo Palocci, a redução da taxa de juros não pode ser analisada separadamente da política fiscal e monetária desenvolvida pelo governo. "O importante é que as atitudes tomadas desde o início do ano estão resultando na redução da relação dívida/ PIB [Produto Interno Bruto] do país e em uma redução significativa da inflação. Essa é uma luta que não acaba, é um combate que tem que ser feito permanentemente", disse.
O ministro foi informado da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) por volta das 14h30, durante almoço com o presidente Lula e os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados.
Ao informar o presidente, por meio de um bilhete, de quanto foi a redução da taxa, ouviu de Lula, em tom de brincadeira, que estava "muito radical". Os deputados presentes riram e bateram palmas.
"O Copom trabalha com autonomia, decide tecnicamente, tem acertado até agora e não há motivo para não acreditarmos que vá continuar acertando", disse Palocci após o encontro.

Prioridade
Segundo ele, o controle da inflação continua sendo uma das prioridades do governo. "O Brasil está conseguindo vencer esse que é um dos maiores problemas da economia, a inflação, que corrói e destrói a renda dos pobres e impede o crescimento, desorganiza a atividade empresarial e impede que o país cresça com sustentabilidade."
Para ele, a continuidade da redução dos juros dependerá do sucesso no controle inflacionário. "A boa política monetária é aquela que avalia a inflação, o desenvolvimento do país e muda a taxa de juros a partir da eficácia do combate à inflação e da política monetária e fiscal para o conjunto da organização econômica do país", afirmou.


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