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Estabelecimento faz propaganda enganosa, diz Procon
DA REPORTAGEM LOCAL
O Procon SP informa que o
posto de combustível que induz
o consumidor a achar que está
colocando gasolina de uma distribuidora, mas, na verdade, está abastecendo o carro com
produto de outra companhia
faz publicidade enganosa.
Nesse caso, o posto pode ser
autuado. É lavrado um auto de
infração e aberto um prazo para defesa do responsável da revenda. Se, após analisados os
documentos, for constatada a
irregularidade, o posto pode ser
atuado no valor que varia de
200 a 3 milhões de UFIRs.
"Dezenas de postos já foram
autuados nos últimos anos por
prática de propaganda enganosa. Alguns pagam a multa. Outros recorrem", afirma Carlos
Alberto Nahas, assessor técnico do Procon SP. "Muitas vezes,
os postos vendem combustíveis com qualidade, mas induzem o consumidor a erro, porque se camuflam de postos BR,
Esso, Shell, Ipiranga."
Em alguns casos, segundo informa Nahas, o Procon encaminha documentação para o Ministério Público fazer investigação. "A publicidade enganosa
pode ser entendida como infração penal por ser uma informação falsa. O consumidor que se
achar enganado deve denunciar o posto ao Procon", diz.
Além da propaganda enganosa, o Procon acompanha se os
preços dos combustíveis nos
painéis são os mesmos das
bombas. Cada bomba deve
identificar também o fornecedor do combustível.
Wellington Stilac Leal Sandim, diretor do Sindicom para o
Estado de São Paulo, diz que o
consumidor, quando entra
num posto que parece de bandeira tradicional, por exemplo,
deve olhar se a distribuidora
deixou um selo para garantir a
qualidade do combustível.
Para José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro,
sindicato dos postos paulistas,
a legislação que cuida de marcas e propriedades é falha. "Não
existe lei que proíba um posto
de usar a marca verde e amarela
porque a BR já utiliza essas cores, por exemplo. Mas é claro
que usar um logotipo e as cores
parecidas com as da BR não é
moral, é imoral. O Procon e a
ANP têm de cuidar disso", diz.
A Secretaria da Fazenda do
Estado de São Paulo estima que
deixa de arrecadar por ano R$
150 milhões de ICMS do setor
devido a fraudes.
(FF)
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