São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2007

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Crise eleva as taxas de juros futuros

DA REPORTAGEM LOCAL

O dia menos tenso no mercado financeiro não conseguiu deter a alta das taxas de juros futuros, que voltaram a subir na BM&F. Nas últimas semanas, as taxas futuras tiveram importantes elevações, que indicam que aumentaram as incertezas em relação à próxima decisão do Copom.
No contrato DI -que mostra as projeções dos juros- mais negociado, com resgate em 18 meses, a taxa subiu de 11,75% na sexta para 11,90% ontem. No fim de julho, o contrato tinha taxa de 10,94%.
A taxa do contrato DI que vence no fim do ano saiu de 11,08% em 31 de julho para 11,33% ontem.
Por enquanto a pesquisa semanal feita pelo BC com os bancos não apontou os respingos da crise. A pesquisa mostra que a projeção dos analistas ainda indica que a taxa básica encerrará 2007 a 10,75%.
Nessas semanas turbulentas, as projeções das taxas de curto prazo foram poupadas na BM&F, o que mostra que uma parcela importante dos investidores ainda espera que a taxa básica Selic seja reduzida no próximo encontro do Copom, que ocorre nos dias 4 e 5 de setembro.
O que mudou nesse período foi a tônica das discussões. Há um mês, discutia-se se a Selic, que está em 11,5% ao ano, seria cortada em 0,50 ponto ou em 0,25 ponto percentual. Hoje, a discussão gira em torno de um corte de 0,25 ponto ou a manutenção da taxa básica de juros.
No mercado internacional, as taxas cobradas para o setor privado e público brasileiros conseguirem recursos têm subido. Isso se reflete na alta do risco-país, que ontem subiu 3,85%, a 216 pontos. (FV)


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