São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2007

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Parte da indústria está em compasso de espera, diz FGV

Setor aguarda desdobramento de crise no mercado

DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns setores da indústria, como vestuário e calçados, podem aguardar para ver os desdobramentos da atual crise financeira para realizar novos investimentos. A avaliação é do coordenador de sondagens conjunturais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Aloísio Campelo Júnior, que divulgou levantamento ontem referente ao mês de julho.
Os efeitos da crise sobre os planos de investimento da indústria, segundo ele, só serão conhecidos em outubro, quando nova pesquisa for divulgada.
"Alguns setores precisam investir porque estão em um ritmo muito forte, outros têm ritmo moderado, e alguns estão ociosos; esses vão esperar para ver", disse. "Essa crise é do sistema financeiro. Se houver resolução rápida, sem quebradeira, os efeitos não afetariam as previsões de investimento."
Segundo ele, a indústria "não tem no momento um desempenho totalmente homogêneo". "Algumas indústrias estão com capacidade lá em cima, e há risco de formação de gargalos. O risco é pontual, mas está acontecendo -por exemplo, nos setores de mecânica, material de transporte [tanto automóveis como bens de capital] e metalurgia", destacou. 'Nesses setores há focos de gargalo. Mas vestuário, calçados e têxteis ainda estão muito fracos. Estão começando a se recuperar agora, mas ainda há ociosidade."
Campelo Júnior lembrou que algumas empresas já vêm com planos de investimentos de longo prazo e que quem investe de olho no mercado interno vai continuar a investir.

Otimismo
Segundo a sondagem de julho, mais de 60% das empresas pretendiam investir mais. Em julho de 2006, eram 53,6%. O levantamento não capta totalmente os reflexos da crise no mercado, que se acentuou nas últimas semanas do mês.
A pesquisa da FGV também mostra que vêm crescendo os gastos com ampliação e reformas das instalações industriais nos dois últimos anos.

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