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Parte da indústria está em compasso de espera, diz FGV
Setor aguarda desdobramento de crise no mercado
DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns setores da indústria,
como vestuário e calçados, podem aguardar para ver os desdobramentos da atual crise financeira para realizar novos
investimentos. A avaliação é do
coordenador de sondagens
conjunturais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Aloísio
Campelo Júnior, que divulgou
levantamento ontem referente
ao mês de julho.
Os efeitos da crise sobre os
planos de investimento da indústria, segundo ele, só serão
conhecidos em outubro, quando nova pesquisa for divulgada.
"Alguns setores precisam investir porque estão em um ritmo muito forte, outros têm ritmo moderado, e alguns estão
ociosos; esses vão esperar para
ver", disse. "Essa crise é do sistema financeiro. Se houver resolução rápida, sem quebradeira, os efeitos não afetariam as
previsões de investimento."
Segundo ele, a indústria "não
tem no momento um desempenho totalmente homogêneo".
"Algumas indústrias estão com
capacidade lá em cima, e há risco de formação de gargalos. O
risco é pontual, mas está acontecendo -por exemplo, nos setores de mecânica, material de
transporte [tanto automóveis
como bens de capital] e metalurgia", destacou. 'Nesses setores há focos de gargalo. Mas
vestuário, calçados e têxteis
ainda estão muito fracos. Estão
começando a se recuperar agora, mas ainda há ociosidade."
Campelo Júnior lembrou
que algumas empresas já vêm
com planos de investimentos
de longo prazo e que quem investe de olho no mercado interno vai continuar a investir.
Otimismo
Segundo a sondagem de julho, mais de 60% das empresas
pretendiam investir mais. Em
julho de 2006, eram 53,6%. O
levantamento não capta totalmente os reflexos da crise no
mercado, que se acentuou nas
últimas semanas do mês.
A pesquisa da FGV também
mostra que vêm crescendo os
gastos com ampliação e reformas das instalações industriais
nos dois últimos anos.
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