São Paulo, sexta-feira, 21 de agosto de 2009

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FOCO

Paulistano trabalha 40 minutos para comprar Big Mac, aponta índice

DA REDAÇÃO

Para comprar um Big Mac, o morador de São Paulo precisa trabalhar em média 40 minutos. Esse tempo é maior do que a média mundial e superior ao de 2006, o que mostra que, pelo menos nesse quesito, caiu o poder de compra do paulistano, que é o 25º que mais minutos trabalha para ter dinheiro para adquirir o sanduíche.
Em 2006, quando o banco suíço UBS divulgou a pesquisa anterior que compara salário com custo de produtos, o paulistano tinha que trabalhar 38 minutos para adquirir o sanduíche -na ocasião, a média global era de 35 minutos. Neste ano, o tempo médio mundial também subiu, para 37 minutos, indicando igualmente queda no poder de compra.
No mês passado, o conhecido índice Big Mac, da revista "The Economist", mostrou que o lanche no Brasil (onde era vendido a US$ 4,02 na ocasião) é o sexto mais caro em uma lista de 46 países, superior até ao dos EUA, sede do McDonald's. O principal motivo para o aumento no preço em dólar foi a valorização do real em relação à moeda americana.
No Rio de Janeiro, a situação é pior: são 51 minutos trabalhados para obter o dinheiro, tempo em que os moradores de Tóquio e Toronto (Canadá) poderiam ter comprado mais três sanduíches. Na comparação com 2006, porém, os cariocas agora precisam trabalhar dois minutos a menos.
Quando a comparação é feita em relação ao tempo necessário para adquirir um quilo de pão ou um iPod nano de 8 gigabytes, a posição de São Paulo e Rio é muito parecida com a da pesquisa sobre o Big Mac: acima da média global, com os cariocas precisando trabalhar mais tempo que os paulistanos para conseguir adquirir os mesmos itens.
No caso do iPod, o carioca trabalha 56 horas, e o paulistano, 46,5 horas, enquanto o morador de Nova York precisa de 9 horas trabalhadas.
Isso, no entanto, não se repete na compra de um quilo de arroz. A média global é de 22 minutos, mas os habitantes de São Paulo têm que trabalhar 12 minutos para ter dinheiro para adquiri-lo, e os do Rio de Janeiro, 15 minutos. (ÁLVARO FAGUNDES)


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