UOL


São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

País se prepara para 45 tipos de ataque

ENVIADO ESPECIAL A DUBAI

Em meio ao recrudescimento dos conflitos entre israelenses e palestinos e a ameaças de atentados ao Ocidente por grupos radicais islâmicos, a reunião conjunta do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial coincidiu de ser realizada em 2003 exatamente no Oriente Médio.
Mas Dubai, um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos (EAU), não foi selecionado aleatoriamente três anos atrás, quando outros países se propuseram a sediar o encontro do FMI/Banco Mundial.
O comitê de segurança criado pelo governo para garantir a proteção dos participantes do encontro anual do FMI preparou 45 cenários de risco para serem evitados. Entre os quais, a possibilidade de atentados terroristas cometidos pela Al Qaeda, de Osama bin Laden. "Estamos preparados para enfrentar qualquer tipo de situação adversa", disse o coronel Ahmed Saed bin Hezaim, um dos encarregados do esquema de segurança do evento. "Não estamos muito preocupados com a Al Qaeda", disse, ao ressaltar que a probabilidade de ataques de fundamentalistas é pequena.
Os Emirados Árabes são um oásis capitalista no meio da pobreza que marca a imensa maioria das nações da região. Arranha-céus "high-tech" no estilo Miami, campos de golfe, clubes, lojas de grifes européias e hotéis sofisticados são alguns dos sinais dessa riqueza.
Os EAU foram formados em 1971, liderados pelo xeque Zayed bin Sultan Al Nahyan, governante do Emirado de Abu Dhabi, que passou a ser a capital da federação. Aos 85 anos, o xeque Zayed ainda governa tanto Abu Dhabi quanto o país. É uma figura idolatrada -sua sucessão está para o povo como a de Fidel Castro para os cubanos.
As estatísticas confirmam os sinais de riqueza da população. A renda per capita bruta é uma das maiores do mundo, de US$ 24,860 anuais. No Brasil, equivale a US$ 2.500 anuais. Nos últimos dois anos, o ritmo de crescimento diminuiu. Em 2002, o PIB aumentou 1,9%, ante 3,5% em 2001. Mas a média de crescimento entre 1992 e 2002 ficou em 8,7%. O câmbio é rígido, US$ 1 equivale a 3,671 dirhams -moeda local. (LS)

Texto Anterior: G-7 elogia Brasil e China por câmbio flexível
Próximo Texto: Mea-Culpa: Bird faz autocrítica sobre privatizações e elogia Cuba
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.