São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Rally da pecuária
Quais os caminhos da pecuária brasileira? Para responder essa pergunta, uma esquipe especializada no setor percorreu 10 mil km por regiões onde a pecuária está presente. No dia 27, em Brasília, a MB Agro e a Agroconsult, realizadoras do rally, apresentam os resultados ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Consórcio grãos-pecuária
Uma das principais constatações é que cada vez mais o Brasil deverá caminhar para um consórcio que englobe a produção de grãos e a pecuária. Estar com os pés nas duas atividades dará maior jogo de cintura para os produtores. Neste momento, por exemplo, enquanto a soja perde brilho no exterior, a carne continua ganhando mercado externo.

Melhoramento genético
A equipe do rally constatou ainda que há -e deve aumentar ainda mais- a adoção de novas técnicas no manejo dos pastos, seguida do melhoramento genético do gado. Quanto à engorda, aumenta o número de pecuaristas que optam pelo confinamento, o que traz maior produtividade.

Especializações
O rally constatou ainda que Minas Gerais, São Paulo e a região Sudeste estão se firmando na engorda de animais, mais do que na recria. Nesses Estados, a alimentação é farta e os pecuaristas estão próximos dos principais mercados consumidores.

O papel de Tocantins
Longe do mercado consumidor e dos frigoríficos, Tocantins está se especializando em criar bezerros e mandá-los para engorda em Minas Gerais e em São Paulo.

Recuperação
Mesmo com o início dos embarques da safra 2004/5, os preços do café arábica continuam em recuperação. Em setembro, o valor médio por saca exportada foi de US$ 73,75, contra US$ 61,08 do mesmo mês do ano passado.

Participação menor
Em setembro, os produtores participaram com 87,7% do valor FOB das exportações, o menor percentual desde janeiro. "É prematuro dizer que essa queda é uma tendência", diz Guilherme Braga, do Cecafé. Ele lembra que a média em 12 meses é de 91,3%.

Recorde na flores
As exportações de flores atingiram o recorde de US$ 18 milhões até setembro e devem fechar o ano em US$ 25 milhões. Para discutir a posição brasileira no exterior e a abertura de novos mercados, os produtores se reúnem em um foro, no Rio, no dia 25 deste mês.

Líder nos agregados
As exportações do agronegócio paulista mostram que o foco é em produtos de valor agregado. As carnes bovinas renderam US$ 1,8 bilhão; o setor sucroalcooleiro, US$ 1,6 bilhão; e os produtos florestais, US$ 888 milhões, segundo o Instituto de Economia Agrícola.

Intercâmbio
Constantino Ajimasto Jr., da Associação Brasileira do Novilho Precoce, está nos EUA para acertar detalhes de uma parceria técnica entre a Texas A&M University e entidades de pesquisa brasileiras. O objetivo é promover o intercâmbio entre os dois países com a coordenação da ABNP.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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