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Proposta divide emissoras de TV e teles
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Se as novas regras fossem
aprovadas como propostas, a
Telefônica, empresa de capital espanhol, poderia operar
o serviço de distribuição do
canal pago da TVA tanto na
tecnologia a cabo como por
microondas -e por satélite.
Hoje, a tele está autorizada
pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a
operar a TVA por microondas, tem licença para atuar
no satélite, mas é proibida de
controlar a área de cabo.
Por outro lado, a Telefônica teria de dividir a TVA em
duas empresas: uma de empacotamento e outra de distribuição. Na primeira, não
teria controle majoritário.
Algo idêntico ocorreria na
Net, hoje uma sociedade entre as Organizações Globo e o
grupo mexicano Telmex, do
empresário Carlos Slim, que
não detém o controle majoritário da empresa.
Já uma empresa de telecomunicação nacional, como a
Oi (Telemar), seria autorizada a atuar na TV a cabo, podendo também gerir a fase de
empacotamento de canais.
Além dessa polêmica, outros pontos dividem as opiniões de emissoras e empresas de telecomunicações.
Um exemplo: o relatório
do deputado Jorge Bittar vai
determinar que as emissoras
de televisão liberem para todo tipo de TV paga os seus
canais abertos.
Hoje, as emissoras só são
obrigadas a disponibilizar
seus canais abertos para a TV
a cabo. A novidade não agrada as emissoras, mas é defendida pelas teles. Em compensação, as TVs seriam liberadas para cobrar por essa distribuição de seus canais no
serviço de assinatura.
O projeto ainda pode obrigar que um produtor e programador de canais, como
Globosat, não só disponibilize seus produtos para os distribuidores de TV paga como
cobrem o mesmo preço.
Por outro lado, os deputados esperam que a Anatel
adote regra parecida no caso
do uso da infra-estrutura de
distribuição. Hoje, as teles
têm a vantagem de já possuir
grandes redes de cabo.
Liberadas para atuar na
distribuição, podem levar
vantagem no mercado. Para
dar maior equilíbrio ao setor,
a proposta é que a Anatel não
só obrigue as teles a compartilhar sua infra-estrutura
com concorrentes, como cobrem preços isonômicos.
(VALDO CRUZ)
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