São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 2000

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MERCADO FINANCEIRO
Com a alta registrada pelas ações do Bradesco e do Banespa, a Bolsa paulista subiu 1,23%
Bovespa ignora dia negativo nos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo ignorou o mau desempenho do mercado de ações norte-americano e registrou alta de 1,23% ontem.
As ações do Banespa foram o destaque do dia. Com o resultado do leilão, que gerou um ágio acima do esperado pelo mercado, as preferenciais da instituição foram as segundas mais negociadas no dia, com 9,7% de participação e alta de 2,99%.
As preferenciais do Bradesco foram as que tiveram a maior alta do pregão, de 9,9%.
Analistas disseram que se o dia não tivesse sido tão negativo nos Estados Unidos, o Ibovespa -índice das principais ações negociadas na Bolsa- teria disparado hoje.
A Nasdaq -Bolsa eletrônica que reúne as ações das empresas da nova economia- teve baixa de 5,01%. O Dow Jones -índice das ações mais negociadas em Nova York- recuou 1,57%.
O volume financeiro registrado ontem foi expressivo (R$ 859,109 milhões), giro que não era atingido desde o dia 18 de outubro.
A oferta de ações da Eletrobras, que movimentou R$ 193,614 milhões, ajudou a aumentar o volume do pregão. As preferenciais da empresa terminaram o dia como as mais negociadas, com participação de 32,8%.
Sem as motivações que teve hoje, a Bovespa deve voltar a acompanhar mais de perto o cenário externo no pregão de amanhã.
Nos EUA, grande parte dos ADRs (American Depositary Receipts) de empresas brasileiras registraram alta.
Os recibos do Unibanco foram os que mais subiram, com valorização de 10,21%.
Os ADRs de CSN, Telesp Celular e Eletrobras também tiveram ganhos expressivos e subiram 4,31%, 3,64% e 2,93%, respectivamente.
No mercado futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de juros registraram recuo.
O contrato mais negociado, o DI de julho, voltou a ficar abaixo dos 18%, fechando a 17,99%. Há algumas semanas, o contrato vinha sendo pressionado pela crise na Argentina. O de dezembro ficou em 16,50%. Esse contrato é um bom indicador da expectativa do mercado em relação à decisão do Copom na sua reunião que começa hoje. (FABRICIO VIEIRA)


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