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São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2003

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Para Berlusconi, empregos devem ser preservados

Governo italiano intervirá no caso Parmalat, diz primeiro-ministro

DA REDAÇÃO

O governo italiano intervirá para salvar a Parmalat da bancarrota, disse ontem Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália. Segundo ele, "o governo intervirá acima de tudo para salvar a parte operacional da empresa, para salvar seus empregos".
A empresa é hoje um dos maiores grupos alimentícios do mundo, atua em 30 países e tem 35 mil funcionários. A situação do grupo ficou mais delicada depois da revelação de uma fraude contábil de de 3,95 bilhões, ou cerca de R$ 15 bilhões. Na sexta-feira, o Bank of America disse que era falso documento da Parmalat segundo o qual a empresa tinha recursos naquele montante em instituições das Ilhas Cayman.
Ontem, a Justiça italiana anunciou que iniciará investigações sobre as denúncias de fraude envolvendo a empresa. Também ontem, a polícia iniciou operações na Grant Thornton, empresa que fazia parte da auditoria das contas da Parmalat, em busca de documentos relacionados à fraude e à sua autoria.
Berlusconi não disse como ajudaria a companhia a resolver seus problemas financeiros e a manter as instalações industriais funcionando ao mesmo tempo. O primeiro ministro afirmou que o governo italiano vai promover reformas legais e de fiscalização que evitem mais crises no futuro. "O sistema que nós herdamos tem mostrado que não funciona. Portanto, o governo precisa intervir para restaurar a confiança e a reputação do país", disse o primeiro-ministro.



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