das agências internacionais

O Fed (Federal Reserve -o banco central dos EUA) não baixará os juros na reunião prevista para amanhã, segundo uma pesquisa de opinião que ouviu as 31 principais instituições financeiras de Wall Street (o mercado financeiro de Nova York), especializadas no mercado de títulos do governo norte-americano.
O banco central norte-americano baixou sua taxa de empréstimos ao setor bancário três vezes nos últimos dois meses e meio para o atual nível de 4,75% por ano.
Os cortes tiveram como objetivo acalmar os mercados financeiros, na esteira da moratória da Rússia, em agosto. Desde então, o índice Dow Jones, o principal termômetro da Bolsa de Valores de Nova York, subiu 9 pontos percentuais.
Ao mesmo tempo, relatórios recentes mostram que a turbulência nos mercados financeiros e a desaceleração da economia mundial não esfriaram a economia dos EUA, que cresceu a uma taxa anual de 3,9% no terceiro trimestre.
Os mercados imobiliário e de emprego estão fortes, a confiança dos consumidores revigorada e as vendas no período de férias de fim de ano mostram firmeza.
Assim, acreditam os analistas, o crescimento econômico e a volta da estabilidade aos mercados financeiros deixam pouco espaço para mais um corte dos juros pelo Fed. Dos 31 especialistas entrevistados pela pesquisa, apenas dois esperam um corte nos juros. Para eles, o corte é necessário porque a desaceleração das economias da Ásia e da América Latina prejudica o desempenho da economia norte-americana.
Com a taxa de inflação norte-americana em 1,6% em 1998, a menor dos últimos 12 anos, o Fed pode cortar os juros novamente ao primeiro sinal de instabilidade nos mercados financeiros, segundo a maioria dos especialistas.
Mas esses especialistas acham que o Fed pode esperar um pouco mais, usando as próximas semanas para avaliar melhor o impacto dos três últimos cortes na economia global.



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