DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

"Todos sabem que a grande prioridade do presidente Lula é crescer e gerar empregos. A decisão sobre os juros comprova a autonomia do Banco Central", disse, por meio de sua assessoria, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado.
Sua frase denota crítica à medida por dificultar a retomada do crescimento. Procurado para comentar a decisão sobre os juros logo após sua divulgação no BC, Mercadante chegou a informar que não iria comentá-la.
A aprovação de um projeto concedendo autonomia ao BC, citada pelo senador, é um dos pontos sobre o qual não há consenso no governo nem na bancada petista.
No último dia 8, o ministro José Dirceu (Casa Civil) chegou a falar que o governo não iria trabalhar para aprovar no Congresso neste ano o projeto que dá autonomia operacional ao BC. "A autonomia do BC não está na agenda de 2004", disse Dirceu.
Um dia depois, após reunião com Lula e outros ministros no Palácio do Planalto, Dirceu recuou e informou que não estava decido se a proposta entraria na agenda do Congresso neste ano. "O presidente [Lula] autorizou o Ministério da Fazenda e o BC a fazerem uma discussão sobre a autonomia operacional do BC. Se vai entrar ou não na pauta [do Congresso] é uma decisão do presidente", disse.
Um dos principais defensores da autonomia é o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho.


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