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VÔO DA ÁGUIA
Para Snow, número deve ser revisado para cima
Secretário do Tesouro americano questiona dados sobre emprego
DA REDAÇÃO
O secretário do Tesouro norte-americano, John Snow, afirmou
ontem que os dados sobre a criação de empregos podem ter sido
subestimados e colocou em dúvida a precisão dos números. Ainda
segundo o secretário, o atual elevado déficit público dos EUA é
transitório e deverá diminuir.
No mês passado, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia do país
criou apenas mil novas vagas. O
número ficou bem abaixo das estimativas e frustrou analistas e
membros do governo.
"Há uma grande margem de erro nesses números", disse Snow
em uma entrevista à rádio
WDAY, de Dakota do Norte.
"Acho que os números podem ter
sido subestimados e haverá uma
revisão. Há questões sobre a precisão dessas estatísticas."
Para analistas do mercado,
Snow pode ter recebido alguma
dica do Departamento do Trabalho sobre uma possível revisão.
Uma reportagem publicada ontem pelo jornal "The New York
Times" faz uma análise da atual
expansão econômica dos EUA,
chamada de "jobless recovery",
ou seja, recuperação econômica
sem criação de emprego. Segundo
o texto, realmente, às vezes, os números não refletem o verdadeiro
ritmo de contratações.
Segundo o jornal, na retomada
econômica dos anos 90 os primeiros dados divulgados também foram fracos. Mas revisões revelaram números bem maiores.
Para economistas, isso pode
ocorrer porque, muitas vezes, novos negócios pode estar sendo
abertos, mas ainda não aparecem
nas estatísticas oficiais.
Ainda assim, a pesquisa feita
com as empresas é tida como bem
mais precisa do que a taxa de desemprego, feita a partir de entrevistas com trabalhadores. A taxa
de desemprego caiu de 5,9%, em
novembro, para 5,7%.
Em outra entrevista, dessa vez à
rádio WBAP, de Dallas, o secretário relativizou o déficit público.
"Traremos o déficit para baixo,
para níveis baixos em termos históricos, em torno de 2% do PIB",
afirmou. "Déficits preocupam
quando são duradouros, grandes
e crescentes. Esse é um déficit
transitório, que cairá à metade."
Com agências internacionais
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