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Para analistas,
investidor deve
ter cautela
DA REPORTAGEM LOCAL
Sair da Bolsa neste momento pode não ser uma boa
idéia. Apesar de não ser possível prever quando a Bovespa retomará a rota de alta,
abandonar os investimentos
em ações agora, em que a
Bolsa tem queda anual de
15,93%, significa aceitar essas perdas.
O conselho dos analistas é
ter calma. No ano passado,
houve momentos de fortes
perdas, como em agosto e no
começo de novembro. Mas,
no balanço do ano, o resultado foi bastante positivo, e o
índice Ibovespa, o principal
da Bolsa, registrou valorização de 43,6%.
"O investidor que entrou
na Bolsa de Valores deve entender que esse é um mercado de alto risco, que tem
grandes oscilações. Mas
quem sair agora pode se arrepender rapidamente se a
Bolsa se recuperar, como vimos ocorrer em outros momentos de crise do mercado", afirma William Eid Júnior, coordenador do Centro
de Estudos em Finanças da
FGV.
Além disso, o investidor
deve avaliar o desempenho
de sua aplicação em ações
por um prazo mais longo do
que o dos últimos pregões,
para ver se o que investiu já
está no vermelho ou não. A
variação das ações que estão
no fundo que o investidor escolheu não vai ser necessariamente igual à do Ibovespa,
que segue as 64 ações mais
negociadas nos pregões da
Bolsa. Porém, existe um total
de 449 empresas listadas na
Bovespa atualmente, com
ações que podem ser negociadas.
Para o administrador de
investimentos Fábio Colombo, o ideal é que uma pessoa
que entrou em um mercado
mais arriscado como a Bolsa
"tenha definido o máximo
que pode arriscar de suas
economias".
"Mas não é difícil que, no
momento recente de euforia
que houve com a Bolsa de
Valores, pessoas tenham investido parcelas elevadas de
suas economias em ações.
Agora precisam avaliar se
agüentam as conseqüências
[das oscilações]", afirma Colombo.
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