São Paulo, terça-feira, 22 de janeiro de 2008

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Para analistas, investidor deve ter cautela

DA REPORTAGEM LOCAL

Sair da Bolsa neste momento pode não ser uma boa idéia. Apesar de não ser possível prever quando a Bovespa retomará a rota de alta, abandonar os investimentos em ações agora, em que a Bolsa tem queda anual de 15,93%, significa aceitar essas perdas.
O conselho dos analistas é ter calma. No ano passado, houve momentos de fortes perdas, como em agosto e no começo de novembro. Mas, no balanço do ano, o resultado foi bastante positivo, e o índice Ibovespa, o principal da Bolsa, registrou valorização de 43,6%.
"O investidor que entrou na Bolsa de Valores deve entender que esse é um mercado de alto risco, que tem grandes oscilações. Mas quem sair agora pode se arrepender rapidamente se a Bolsa se recuperar, como vimos ocorrer em outros momentos de crise do mercado", afirma William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.
Além disso, o investidor deve avaliar o desempenho de sua aplicação em ações por um prazo mais longo do que o dos últimos pregões, para ver se o que investiu já está no vermelho ou não. A variação das ações que estão no fundo que o investidor escolheu não vai ser necessariamente igual à do Ibovespa, que segue as 64 ações mais negociadas nos pregões da Bolsa. Porém, existe um total de 449 empresas listadas na Bovespa atualmente, com ações que podem ser negociadas.
Para o administrador de investimentos Fábio Colombo, o ideal é que uma pessoa que entrou em um mercado mais arriscado como a Bolsa "tenha definido o máximo que pode arriscar de suas economias".
"Mas não é difícil que, no momento recente de euforia que houve com a Bolsa de Valores, pessoas tenham investido parcelas elevadas de suas economias em ações. Agora precisam avaliar se agüentam as conseqüências [das oscilações]", afirma Colombo.


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