ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

O empresário Antonio Ermírio de Moraes, 70, vice-presidente do conselho de administração do grupo Votorantim (faturamento de US$ 4 bilhões), exortou o governo a adotar novamente a banda cambial para conter a desvalorização do real.
Afirmando não ser "dono da verdade", Antonio Ermírio buscou na história paulista uma frase para retratar o frenesi na economia brasileira: "Democracia sem educação vira comédia".
A frase é atribuída a Cesário Nazianzeno de Azevedo Mota Júnior, médico, político e historiador, que foi secretário (do Interior) no primeiro governo de Bernardino José de Campos Júnior (1892-1896) no Estado de São Paulo.
"A política cambial é uma verdadeira comédia de erros, um atrás do outro. Na semana passada, fui o único empresário a pedir a volta da banda depois de um dia de liberdade cambial. Mas o governo deixou o câmbio livre. Olha a zorra que está aí."
"Se o governo der liberdade total para o câmbio, vamos nos afogar", disse. Segundo ele, o BC tem de intervir no mercado para manter a cotação do dólar em torno de R$ 1,50.



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