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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Reserva de US$ 100 bi custa 0,7% do PIB
O Tesouro terá um custo adicional este ano de 0,6% a 0,7%
do PIB com a marca de US$ 100
bilhões em reservas que deve
ser atingida no final deste mês
ou no máximo nos primeiros
dias de março.
As reservas já ultrapassaram
a casa de US$ 97 bilhões.
Para conter a pressão sobre o
câmbio, o Banco Central aumentou significativamente, no
mês fevereiro, o ritmo de acumulação de divisas. A média
diária tem sido superior a
US$ 500 milhões.
A conta do adicional de despesa com a política do Banco
Central de superacumulação
de reservas é do economista
Fábio Giambiagi, do Ipea, que
acredita que o governo deve começar a refletir sobre os efeitos
negativos dessa estratégia.
"Não é uma questão simples.
O Banco Central não pode mesmo deixar o dólar derreter, mas
isso tem um custo", afirma
Giambiagi.
As vantagens de se acumular
reservas são muitas. O país se
torna mais resistente às crises
externas e, além disso, reforça-se o projeto voltado para o crescimento.
O problema é o custo de manutenção das reservas. O país
recebe cerca de 4,5% de juros
pela aplicação dessas divisas, e,
ao mesmo tempo, deve pagar
este ano de 12,5% a 13% (previsão para a Selic média do ano)
pelos títulos que emite para adquirir as reservas.
A maior preocupação de
Giambiagi é que, cada vez mais,
aumenta a acumulação de reserva, o que torna mais cara a
manutenção desse dinheiro.
O risco é de que o ganho obtido pelo país com a queda dos
juros seja anulado com as reservas.
De acordo com Giambiagi, a
solução seria uma cooperação
maior da política fiscal com a
monetária para o Banco Central poder adotar uma postura
mais agressiva de redução dos
juros.
Ele acredita, no entanto, que
hoje existe espaço para o BC
aumentar o ritmo do corte de
juros.
DISFUNÇÃO
Até novembro, o Cialis,
concorrente do Viagra, era o
segundo em vendas. Em dezembro, ultrapassou o concorrente. A participação do
Cialis em SP -maior mercado do país- subiu 5% no período, alcançando 42% das
vendas em valor, segundo o
IMS Health.
HOSPEDAGEM
A Accor pretende inaugurar o Sofitel Florianópolis na
segunda semana de abril. O
investimento na construção
foi de R$ 40 milhões. A meta
é, no segundo ano de operação, superar R$ 10 milhões
de faturamento anual. O
empreendimento possui 115
apartamentos.
ALONGAMENTO
Expandir por meio de licenciamentos é o plano da academia Bio Ritmo, que acaba de fechar o pacote de venda
de seu programa Face2Face, que reúne ferramenta de
gestão e plano de exercícios e promete resultados em 45
dias. Ele foi testado por dois anos. A academia registrou
alta de 25% no número de alunos novos, além do aumento em 12% na manutenção de alunos que costumavam desistir. A idéia é que academias com outras bandeiras, ao
adquirirem o programa, tornem-se Bio Ritmo. A meta é
licenciar 400 empresas em três anos.
PÉ DE MEIA
A Sigvaris Brasil, empresa suíça de meias médicas de compressão, inicia suas exportações para a Argentina. A entrada
no mercado argentino foi viabilizada a partir do investimento de R$ 5 milhões que a multinacional promove em suas
plantas produtivas no Brasil. "O objetivo é tornar o país o
nosso pólo exportador para América Latina e América do
Norte", afirma Celso Cintra, presidente da Sigvaris Brasil.
Atualmente a Sigvaris tem negócios em 70 países e suas fábricas estão instaladas nos EUA, no Brasil, na Suíça e na
França. Chile e Peru também entram nos planos da empresa
neste ano. O objetivo é exportar cerca de 20% de toda produção nacional para os dois países.
NO PRATO
A marca Delícia, da Bunge
Alimentos, estréia hoje a
promoção do seu lançamento, o Azeite Delícia, importado da Espanha. Clientes do
Porto Rubaiyat ganharão o
azeite e um livro da Casa do
Azeite Espanhol, com 250
mil menus para entrada,
prato principal e sobremesa.
ÁGUA NA PISTA
A reunião marcada pela
Anac para hoje, muito esperada pelas concorrentes da
Varig, que iriam receber os
slots tomados pela agência
da VRG Linhas Aéreas, foi
cancelada. A Varig permanece com esses espaços de
pouso e decolagem em Congonhas.
CHEQUE VOADOR
Com índice de 0,18% em
janeiro, as fraudes com cheques no país caíram 21,74%
ante o mesmo período de
2006, quando o indicador ficou em 0,23%, segundo estudo da Telecheque, empresa de concessão de crédito
no varejo. Em relação a dezembro (0,09%), a pesquisa
constatou aumento das
fraudes de 100%. São Paulo
teve o maior indicador de
cheques fraudados, com índice de 0,54%. No Estado
ainda houve crescimento
das fraudes de 5,88% ante janeiro do ano passado.
DO PARAGUAI
A primeira fábrica de biodiesel do Paraguai começou
a ser construída pelo grupo
brasileiro Ponte Di Ferro.
Ela ficará próxima a Assunção. O grupo se associou a
investidores locais para produzir biodiesel a partir do
coco da macaúba, mas também pode aproveitar a soja
local. A legislação paraguaia
é semelhante à brasileira para o biodiesel, com a obrigatoriedade de adicionar 2%
ao diesel a partir do ano que
vem e 5% até 2013. O país
importa todo o petróleo que
consome.
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