São Paulo, segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

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Setor elétrico supera o de telefonia

DA SUCURSAL DO RIO

Há pouco mais de uma década, o setor de telecomunicações liderava os investimentos em infraestrutura no Brasil. Era o período pós-privatização da telefonia, e projetos para universalizar os serviços, assumidos pelos novos investidores, demandavam muitos recursos. Esse papel hoje e nos próximos anos caberá ao setor elétrico, segundo o BNDES.
Entre 1998 e 2001, as empresas de telecomunicações investiram pelo menos R$ 120 bilhões a valores presentes, calcula o banco. O pico foi em 2001, quando atingiu foram quase R$ 40 bilhões.
Depois, a aplicação de recursos declinou e estacionou entre R$ 10 bilhões e R$ 17 bilhões nos anos seguintes. Para os próximos anos, são esperados R$ 67 bilhões em investimentos, ante R$ 66 bilhões entre 2005 e 2008.
Já o setor elétrico, que vinha em patamar entre R$ 12 bilhões e R$ 17 bilhões, começa a subir e, entre 2010 e 2013, deverá receber R$ 92 bilhões, ou 35,7% a mais do que entre 2005 e 2008 e 35,7% de tudo o que a infraestrutura vai receber nos próximos quatro anos.
Segundo o BNDES, entre 1998 e 2002, os então novos investidores em telefonia estavam envolvidos na criação da infraestrutura de telefonia fixa -até então pouco abrangente e deficiente.
Foi também o período em que foi implantada a rede móvel das concorrentes que chegaram ao mercado, além da mudança de tecnologia das operadoras anteriormente estatais.
"Agora, o custo para implantar as novas tecnologias, como a 3G (que permite acesso móvel à internet), é menor, porque já existe uma infraestrutura", diz Fernando Puga, chefe do departamento de acompanhamento econômico do BNDES.
Já o setor elétrico experimentará investimentos elevados na construção de geradoras, frutos dos leilões realizados pelo governo com o objetivo de atender o crescimento da demanda previsto para horizontes de cinco anos.
Além das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, o BNDES incluiu na conta a usina nuclear de Angra 3, com investimento previsto de R$ 4 bilhões, e mais de 70 projetos em energia eólica. (SL)


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