São Paulo, quinta-feira, 22 de março de 2007

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24,3% do PIB é produzido pelas famílias

DA SUCURSAL DO RIO

As famílias brasileiras são responsáveis por um quarto -exatos 24,3% em 2003- de toda a produção brasileira de bens e serviços e o peso da informalidade no PIB caiu nos últimos anos, revela o IBGE.
Pelos dados divulgados ontem pelo instituto, a economia informal produzia 8% do PIB em 2003 -esse percentual era maior (11%) em 2000, período no qual a produção familiar correspondia a 27,2% do Produto Nacional Bruto.
Estão incluídos no que o instituto chama de "setor família" a produção dos trabalhadores por conta própria (camelôs, biscateiros, faxineiras e outros), profissionais liberais sem empresa constituída e todas as empresas informais, ou seja, sem CNPJ. Tais atividades são tidas pelo IBGE como produção informal.
Comparando com outros setores institucionais, a participação das famílias no PIB supera a do governo, que era 14,9% em 2000 e passou para 15,1% em 2003, segundo o IBGE.
A partir da nova metodologia, o IBGE incorporou mais um setor, o de igrejas e ONGs, que foi desmembrado do de famílias. Seu peso era de 1,1% em 2000 e passou 0,9%.
Pelo lado da demanda, por sua vez, o consumo das famílias -seus gastos- continua a ser o componente de maior peso no PIB. Representa 63% pela nova série do IBGE. Na série antiga, o peso era de 60,9%.
Nos últimos anos, o aumento do padrão de consumo e o acesso a novos bens ampliou a participação das famílias na demanda total do país.
Na média dos três anos do governo Lula (2003-2005), a demanda das famílias teve alta de 3,2% na nova série do PIB -na antiga, a variação fora de 1,9%. Já nos dois últimos anos do governo FHC, o consumo subiu 1,3% na nova série, ante 0,1% pela metodologia antiga.
Segundo os novos dados do PIB, o consumo das famílias cresceu 7,1% em 2005. Pela antiga metodologia, a expansão havia sido de 3,1%. (JL e PS)


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