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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Comércio deve crescer até 11% no Dia das Mães
O comércio está otimista
com as vendas para o Dia das
Mães. A expectativa do setor é
de aumento de até 11% neste
ano sobre o ano passado. A data
é considerada a segunda melhor do ano, depois do Natal.
"Além do aumento do volume, o faturamento também deve crescer neste ano", diz Roque Pellizzaro Júnior, presidente da CNDL (Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas). A entidade prevê alta de
8% no volume de vendas e de
4% no tíquete médio.
Em 2009, apesar do aumento
do volume comercializado, o
faturamento recuou, devido à
procura por bens mais baratos.
Na época, o consumidor estava
cauteloso com os desdobramentos da crise financeira.
A boa expectativa para este
ano está baseada na melhora do
volume de crédito e do nível de
emprego, além das taxas de juros mais baixas.
A Associação Comercial de
São Paulo prevê crescimento
de 9% a 11% nas vendas neste
ano. "O importante é que a alta
dos juros não venha antes do
Dia das Mães. Precisamos de
oferta de crédito e dinheiro a
custo razoável", diz Alencar
Burti, presidente da ACSP.
A Fecomercio SP estima expansão de até 10% nas vendas.
Para o economista Fábio Pina,
o fator mais importante para o
bom desempenho é o aumento
da confiança do consumidor.
A Alshop (associação de lojistas de shopping) prevê aumento de 7% nas vendas. "O cenário
econômico agora está melhor.
E traz ânimo para o consumidor", diz Luís Ildefonso da Silva, diretor da Alshop.
A grande demanda será por
artigos de vestuário e calçados.
Mas o maior crescimento, de
15%, deve ocorrer no setor de
perfumaria e cosméticos, segundo a Alshop.
EM ALERTA
A International SOS, prestadora de serviços de assistência médica e de segurança, chega ao Brasil. Presente
em mais de 70 países, a empresa inaugurou escritórios
no Rio de Janeiro e em São Paulo. "A estabilidade econômica e os novos investimentos de empresas de capital internacional no país estimularam a nossa entrada
mais efetiva no país", segundo Yves Degen, executivo
responsável pela operação no Brasil. A International
SOS também está de olho nas companhias brasileiras
que começam a se globalizar. Sua carteira de clientes
tem hoje mais de 8.300 empresas. "O objetivo é garantir a saúde e o bem-estar físico de funcionários, a continuidade dos projetos das empresas, prevenir riscos, gerar informações, além de fazer planos de contingência",
afirma Degen. No ano passado, a International SOS realizou 17 mil ações de retirada de pessoas, por questões
políticas ou meteorológicas, em todo o mundo. O faturamento da empresa foi de US$ 1 bilhão em 2009.
LEITURA
A biografia não autorizada
"Fascinante Império de Steve Jobs" (editora Universo
dos Livros), de autoria do
jornalista Michael Moritz,
chega ao Brasil. O livro, publicado nos EUA no final do
ano passado, traz relato sobre as realizações de Jobs e
seu retorno à Apple. O jornalista americano narra a
trajetória desde a infância
de Jobs e Stephen Wozniak,
como saíram do colégio e
fundaram a empresa.
MAIS RECURSO
A ALL vai ampliar de R$
700 milhões para R$ 1 bilhão
seu plano de investimento
para 2010. Cerca de R$ 700
milhões serão destinados ao
crescimento orgânico e R$
300 milhões irão para o projeto Rondonópolis, de extensão da malha ferroviária
em 260 km em Mato Grosso,
ligando Alto Araguaia a Rondonópolis. Em 2009, o projeto recebeu R$ 115 milhões.
CRÉDITO
Adalberto Savioli, presidente da Acrefi, Hugo Gonçalves (Losango), Paulo Caffarelli (Abecs), Ricardo Nunes (Ricardo Eletro) e outros participam de evento
sobre crédito, cobrança e
meios de pagamento, em SP,
nos dias 28 e 29. Um dos temas abordados será "Crédito para quem não precisa e
os novos protagonistas para
a demanda de crédito".
"MOEDAS-COMMODITIES'
Moedas de produtores de commodities seriam as grandes perdedoras se a China valorizasse o yuan. Os dólares
australiano e neozelandês seriam os que mais sofreriam,
no caso de uma pequena apreciação da moeda chinesa. A
opinião é do Barclays Capital, que, em relatório, afirma
que a China estaria hoje muito melhor se cedesse de alguma forma, em vez de manter a moeda atrelada ao dólar.
"Com a aceleração da inflação na China, a valorização da
moeda é do interesse do país a fim de controlar as pressões inflacionárias." Para a instituição, o maior vencedor
em uma situação de alta do yuan seria a moeda japonesa.
O iene e o dólar australiano, o maior beneficiário do câmbio fixo da China, são particularmente sensíveis à aversão
ao risco de investidores e ao preço de commodities.
Web brasileira cai em ranking de velocidade
A velocidade da internet
brasileira cresceu nos últimos três meses do ano passado em relação ao trimestre
imediatamente anterior,
mas, ainda assim, recuou em
ranking das redes mais rápidas do mundo.
A internet brasileira caiu
da 35ª para a 37ª posição,
apesar de a velocidade média
do serviço ter crescido 21%
nesse período, segundo levantamento da empresa norte-americana Akamai.
Para ter uma ideia, a internet no país, que teve velocidade média de 1.312 Kbps
(kilobits por segundo) entre
outubro e dezembro do ano
passado, é 89% mais lenta
que a sul-coreana, que mais
uma vez liderou o ranking.
Outro dado da internet no
Brasil é que 17% das conexões têm velocidade inferior
a 256 Kbps (que é o parâmetro mínimo estabelecido pelas Nações Unidas para uma
web ser considerada de banda larga).
Apenas cinco países -em
uma lista de 45- tiveram resultado pior que o brasileiro.
Na parte de cima da tabela,
ou seja, que leva em conta a
web com mais de 5.000
Kbps, o Brasil aparece em
34º (entre 42 nações), com
2,2% das conexões.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e ÁLVARO FAGUNDES
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