São Paulo, quinta-feira, 22 de abril de 2010

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Vencedor tem dez dias para depositar mais R$ 1,4 bi

Caso o consórcio Norte Energia não faça esse novo depósito, será desclassificado

Grupo teve dificuldades para depositar a garantia inicial, de R$ 190 milhões, mas governo deverá agir para evitar a eliminação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Vencido o leilão, o consórcio Norte Energia terá de correr contra o tempo e negociar sua formação final para, em dez dias, fazer o depósito da garantia extra de R$ 1,4 bilhão.
O consórcio ganhador do leilão chegou a enfrentar dificuldades para depositar a garantia inicial na fase de inscrição, no valor de R$ 190 milhões -1% do valor estimado para todo o empreendimento.
Caso o consórcio não faça o novo depósito, ele é desclassificado, e o segundo consórcio, liderado pela Andrade Gutierrez, é declarado o vencedor com sua proposta original. O governo, contudo, deve trabalhar para que isso não aconteça a fim de evitar desgastes políticos num ano eleitoral.
O consórcio perdedor, de Furnas e Andrade Gutierrez, propôs vender a energia de Belo Monte a R$ 82,90 por MWh, 6,2% mais do que os vencedores. Isso significa que, além do desgaste político em caso de desclassificação do vencedor, haveria também o ônus de uma elevação no preço.
Além da Queiroz Galvão, que ainda avalia sua permanência no grupo, o consórcio terá de resolver o problema da J. Malucelli. A construtora paranaense chegou a informar aos integrantes do consórcio que não pretendia permanecer no grupo, mas, oficialmente, diz agora que pretende levar adiante sua participação na obra.
Legalmente, o consórcio Norte Energia -liderado por Chesf, grupo Bertin e Queiroz Galvão- não pode mudar sua composição antes da assinatura do contrato de outorga da usina de Belo Monte, o que está previsto para 23 de setembro. Mas terá de constituir uma empresa para produzir energia.
Essa empresa poderá ter sócios estratégicos, como Eletronorte e fundos de pensão. Depois, a empresa poderá contratar construtoras para a realização das obras.
Nessa etapa poderão entrar Camargo Corrêa e Odebrecht, que desistiram do leilão por considerarem baixo o preço máximo da tarifa de energia, ou a Andrade Gutierrez, uma das líderes do consórcio perdedor.


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