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INFORMÁTICA
Microsoft faz
apelação para
o Explorer
ser aprovado
ALESSANDRA BLANCO
de Nova York
Advogados da Microsoft apresentaram hoje em uma audiência
com três juízes da Corte de Apelação dos EUA os argumentos para a
última tentativa de reverter a decisão do Departamento de Justiça de
proibir a venda do browser Internet Explorer acoplada ao Windows 95.
A Microsoft argumenta que o
governo dos EUA está limitando
sua capacidade de inovar, impedindo que venda produtos integrados. Além disso, acusa o juiz
Thomas Penfield Jackson de abuso de poder ao nomear o professor
de direito de Harvard Lawrence
Lessig como uma espécie de consultor técnico, dando a ele muita
autoridade sobre o caso.
Os advogados do Departamento
de Justiça afirmam que a Microsoft está trabalhando em desvantagem com outras empresas e impedindo a concorrência ao vender
o Explorer junto com o Windows
95.
A discussão agora ganha ainda
mais força com o lançamento do
Windows 98 em junho, que traz o
Explorer ainda mais integrado ao
sistema, tornando difícil sua separação. No novo sistema, o acesso à
Internet e a desconecção muitas
vezes são quase imperceptíveis.
Em uma busca de informações do
programa de ajuda, por exemplo,
sites da Internet aparecem como
uma extensão da pesquisa, bastando clicá-los para estar on-line.
O advogado-geral da Microsoft,
Bradford Smith, disse à Folha que
a integração do Windows 98 com
o Explorer é absolutamente legal e
não espera nenhuma reação do
Departamento de Justiça.
"Queremos oferecer ao consumidor o acesso à Internet o mais
rápido e fácil possível. Quanto ao
Windows 95, se o consumidor não
quiser usar o Explorer, basta eliminá-lo do sistema e usar outro
browser, portanto não estamos ferindo a concorrência", disse.
Os juízes têm três meses para decidir se a Microsoft poderá voltar a
vender o Explorer acoplado ao
Windows 95 ou não.
Anteontem, na primeira demonstração do Windows 98, o
presidente da Microsoft, Bill Gates, passou por um certo constrangimento quando seu computador quebrou enquanto tentava
acessar o Windows 98. "Acho que
ainda temos algumas falhas para
consertar", disse Gates.
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