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CONTAS PÚBLICAS
Parcela atrelada ao câmbio cai de 34,7% para 30,36% em abril
Real forte reduz a dívida em dólar
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A parcela da dívida do governo
em mercado que é corrigida pelo
dólar teve em abril o seu menor
percentual desde maio de 2002. A
redução aconteceu por causa da
valorização do real de 13,8% em
relação à moeda norte-americana. Ou seja, o valor da dívida caiu.
A participação da dívida cambial na dívida total caiu de 34,7%
em março para 30,36% em abril.
A valorização do real fez com que
a dívida interna total atingisse R$
644,41 bilhões em abril, com redução de 0,81% em relação ao
mês anterior.
Não fosse a correção do restante
da dívida por outros indexadores,
o total poderia ter caído em R$
15,9 bilhões. Esse foi o impacto da
valorização do real no estoque de
débitos.
O chefe do Departamento de
Mercado Aberto do Banco Central, Sérgio Goldenstein, disse que
a taxa de rolagem da dívida cambial é de 87,1% neste ano. Ou seja,
uma parcela da dívida que está
vencendo não vem sendo substituída por outros títulos ou contratos com correção pelo câmbio.
O governo vem aproveitando a
baixa do dólar para reduzir um
pouco a exposição da dívida à flutuação do dólar. Além de ser uma
movimentação de interesse do
governo, a medida consta do
acordo do país com o FMI (Fundo
Monetário Internacional).
O maior vencimento de dívida
cambial até o final do ano está
previsto para julho. Cerca de US$
5,2 bilhões terão que ser renegociados pelo governo com o mercado interno.
O coordenador da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo
Valle, disse que o governo federal
está de olho nos pesados vencimentos de outros tipos de títulos
que acontecerão nos meses de junho, julho e agosto.
"Nós estamos recomprando esses títulos, substituindo-os por
outros com prazos mais longos",
afirmou. Segundo ele, as operações de recompra estão em torno
de R$ 6 bilhões mensais.
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