DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar comercial seguiu ontem seu rumo para a casa de R$ 1,90, tendência de médio prazo apontada pela maioria dos analistas, e testou o novo piso de R$ 1,939, menor cotação desde 3 de janeiro de 2001, antes do estouro da bolha da internet no país.
No encerramento dos negócios, subiu um milésimo para fechar em R$ 1,94, com baixa de 1,12%.
Mais uma vez o Banco Central entrou apenas à tarde no mercado à vista oferecendo comprar a moeda estrangeira a R$ 1,9404. Aceitou poucas ofertas e não conseguiu mexer nas cotações.
Em greve há 20 dias, servidores do Banco Central costumam sondar o mercado duas vezes por dia. Pouco antes do almoço, oferece papéis que trocam risco cambial por juro. Meia hora antes do encerramento dos negócios, compra dólares no mercado à vista. Ontem e na sexta-feira, fez apenas o segundo tipo de consulta.
"O Banco Central aparece mais para dizer que está presente. Não consegue interferir nem com o "swap" [o papel que troca risco cambial por juro] nem no mercado à vista", disse Sidnei Nehme, diretor da corretora NGO.
Ajudou a derrubar as cotações ontem o desempenho da balança comercial, que, apesar do câmbio desfavorável, teve um saldo de US$ 1,301 bilhão na terceira semana de maio, o melhor desempenho semanal do mês e do ano.


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