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Gravadora EMI aceita proposta de US$ 4,7 bi feita por fundo britânico
Negócio depende de aval de acionistas; outros interessados ainda estão na disputa
DA REDAÇÃO
A gravadora EMI anunciou
ontem que aceitou uma oferta
de 2,4 bilhões de libras esterlinas (cerca de US$ 4,7 bilhões)
feita pelo fundo de "private
equity" britânico Terra Firma.
A oferta foi recomendada pela
companhia aos seus acionistas.
No entanto, segundo analistas, a tendência é que novas
propostas sejam feitas nos próximos dias pela terceira maior
gravadora do mundo -a primeira é a Universal, seguida pela Sony-BMG. "A empresa está
totalmente na disputa", disse à
Bloomberg Claire Enders, da
empresa de pesquisa de mídia
Enders Analysis.
As especulações aumentaram mais depois que a cotação
da ação da EMI atingiu 271
pence na Bolsa de Londres, superior aos 265 pence oferecidos
pelo Terra Firma. Entre os cogitados para entrar na disputa
estão a Warner Music e os fundos One Equity Partners, Cerberus e Fortress.
As negociações entre Warner
e EMI se arrastam desde 2000,
quando as autoridades regulatórias não aceitaram o negócio.
Novas tentativas de fusão foram feitas em 2003 e 2006, mas
novamente esbarraram no setor regulatório. O último capítulo foi em março, quando a
Warner ofereceu 260 pence
por ação, proposta que a EMI
considerou "inadequada".
Caso seja concretizado o negócio, a Terra Firma vai adquirir uma gravadora que conta
em seu catálogo com artistas
como Beatles, Coldplay, Radiohead e Norah Jones. No Brasil,
ela tem artistas como Marisa
Monte e Jorge Vercilo.
Ela também assume um grupo que teve um prejuízo de
263,3 milhões de libras esterlinas em seu ano fiscal (encerrado em 31 de março) e cujo faturamento caiu 15,8% na comparação com o período anterior.
"O objetivo da Terra Firma é
fortalecer a atual posição da
EMI como uma das líderes do
mercado fonográfico e acelerar
o desenvolvimento de suas estratégias on-line e digital e explorar totalmente a oportunidade de crescimento de longo
prazo", disse o criador do fundo, Guy Hands.
O negócio é mais um da onda
de transações feitas por fundos
de "private equities", que vêm
acelerando o número de fusões
e aquisições neste ano. Segundo cálculos da Bloomberg, as
fusões e aquisições atingiram
US$ 2 trilhões até meados de
maio -60% a mais que no mesmo período de 2006.
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