São Paulo, terça-feira, 22 de maio de 2007

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INDÚSTRIA

Consumo interno impulsiona faturamento de bens de capital

DA REDAÇÃO

Depois da queda de 2,1% em 2006, o setor de máquinas e equipamentos aumentou o faturamento em 8,6% nos primeiros quatro meses do ano. A recuperação é resultado do aumento do consumo interno, segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas, Ferramentas e Sistemas Integrados de Manufatura da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), André Luís Romi.
"A margem de lucro das vendas internas deve compensar as perdas externas", diz Romi. O resultado foi puxado pelo segmento madeireiro, que teve resultado 52,1% acima do do mesmo período de 2006, e agrícola, com aumento de 32,2%. A única queda (30%) no faturamento foi no setor têxtil.
Segundo Romi, o aumento do crédito e a estabilidade da economia estão se refletindo agora em mais investimentos da indústria, o que também ajuda a explicar os resultados. "O Brasil não segue o movimento mundial em que os investimentos vêm antes do aumento do consumo; aqui eles ocorrem simultaneamente."
O resultado é que, com o aquecimento da economia interna, a utilização da capacidade instalada está no limite. Segundo o balanço do primeiro quadrimestre da Abimaq, o setor fechou o período utilizando 83,2% da capacidade de produção. No entanto isso não é suficiente para projeções otimistas sobre o desempenho até o fim do ano. "Houve melhoria de competitividade no setor e, por isso, conseguimos bons resultados, mas estamos sendo muito prejudicados pela desvalorização do dólar", diz Romi.
Com o dólar abaixo de R$ 2, ele afirma que o aumento de 25,5% nas exportações só ocorreu porque a indústria manteve os contratos externos mesmo com prejuízo ou redução das margens de lucro. No mesmo período, as exportações subiram 26,8%. O saldo comercial ficou negativo em mais de US$ 1 bilhão, puxado pela redução da exportação nos setores de empilhadeiras (67,2%) e de celulose (48,9%).


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