São Paulo, terça-feira, 22 de maio de 2007

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Médicos acusam bancários e metalúrgicos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os médicos peritos do INSS acusam categorias organizadas, como bancários e metalúrgicos, de pressionar a Previdência para facilitar a concessão de benefícios por incapacidade a vítimas de doenças ocupacionais.
Segundo a ANMP (Associação Nacional de Médicos Peritos), essas categorias tentam influenciar tanto a definição de normas por parte do ministério quanto o trabalho direto dos peritos. Dentro dessa estratégia, estariam tentando retirar dos peritos a prerrogativa de dar a palavra final para a concessão dos benefícios.
A entidade relata que em março do ano passado uma das diretoras do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, em reunião com representantes do INSS, chegou a afirmar que "a alta da perícia significava risco de demissão para o bancário".
"Os sindicatos querem resolver um problema que é de origem trabalhista com a Previdência", diz o presidente da ANMP, Eduardo Almeida. À Folha, Berlofa disse que os peritos são desrespeitosos com os bancários. "É comum o relato sobre o descaso dos peritos. Eles não olham laudos de outros médicos, o histórico do trabalhador, que chegam a chamar de vagabundos. Eles ignoram as doenças ocupacionais", disse a diretora.
Ela explicou que a categoria é contra altas programadas. Pela regra, o trabalhador, ao ser considerado incapaz para o trabalho, recebe o benefício por prazo determinado. Ao final do período, a alta é automática. "Somos contra no caso de doenças crônicas, como LER/Dort. Qualquer consideração que eu tenha feito foi nesse sentido", disse a diretora.


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