Fiesp e agência reguladora de SP divergem sobre preço do gás

A Fiesp e a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) estão em pé de guerra por conta do preço do gás. A Fiesp enviou ontem uma notificação extrajudicial à agência pedindo explicações sobre os critérios de definição da margem de comercialização da Comgás.
O diretor de gás da Arsesp, Zevi Kann, confirmou o recebimento da notificação. Ele disse que, além do cálculo da margem de comercialização, a Fiesp pede explicações sobre questões que remetem à privatização da Comgás. "Esse assunto não compete a Arsesp, mas ao PED [Programa Estadual de Desestatização]."
Segundo ele, o órgão vai responder o que lhe cabe, mas não apenas à Fiesp. Kann quer dar igual tratamento ao tema que terão os 41 questionamentos sobre a revisão tarifária da Comgás recebidos na audiência pública realizada na última sexta-feira. "Não temos por que privilegiar a Fiesp. Todas as entidades têm direito de receber as mesmas informações."
Se a Arsesp não se manifestar no prazo determinado pela notificação, de 72 horas, a Fiesp ameaça promover novas ações para pressionar a agência a divulgar as informações que solicitou ontem.
Segundo o diretor de energia da Fiesp, Carlos Cavalcanti, o presidente da entidade, Paulo Skaf, entrou em contato ontem, de Londres, com o governador de São Paulo, José Serra, para tratar do tema. "Nenhum agente econômico, que não seja a Arsesp e a Comgás, consegue reproduzir os cálculos do reajuste", afirma Cavalcanti.
Para Kann, a Fiesp está tentando politizar a decisão e alterar procedimentos técnicos da agência reguladora. Ele diz que a revisão tarifária é um processo transparente, com documentos divulgados no site da agência e a realização de audiências públicas. Os únicos dados sigilosos são os considerados estratégicos para a Comgás.
A Arsesp vai divulgar no final do mês uma nova estrutura tarifária da Comgás, resultado de um processo de revisão tarifária, realizado a cada cinco anos.
No dia 15, o órgão anunciou uma redução de 8% na margem da Comgás, item com impacto de cerca de 25% no preço do gás ao consumidor. A indústria paulista, que consome 84% do gás natural do Estado, quer uma redução de 48% no preço total do produto.
Procurada pela Folha, a Comgás não se manifestou.

DESEMBARQUE
Rick Wise, presidente da Lippincott, consultoria de estratégia e design de marcas, desembarca no Brasil, em junho, a convite da Cauduro Associados. Entre os clientes de Wise estão Citibank, Coca-Cola e GE.

BRINDE
A Apae SP realiza, dia 3, seu leilão de vinhos, no terraço Daslu, em SP. Em 2008, o evento arrecadou mais de R$ 1 milhão. O sommelier Manoel Beato fará registro e atestado de qualidade das garrafas doadas por colecionadores. Na lista estarão o Chateau Figeac, de 2001, o Chateau Pichon Contesse de Lalande e outros.

CLORO
Após um começo de ano difícil, o setor de cloro-soda se reaquece, segundo a Abiclor (Associação da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados). A utilização da capacidade instalada em abril foi de 86%, ante média de 80,9% no primeiro trimestre.

TELHADO DE VIDRO
A Saint-Gobain Vidros vai diminuir, temporariamente, a sua produção no Brasil para adequar os estoques à baixa demanda. No primeiro trimestre, a empresa teve queda de 5% em suas vendas no mercado interno ante o mesmo período de 2008. As exportações caíram 10%.

RETOMADA
Os executivos da Saint-Gobain Vidros afirmam que não veem uma retomada do mercado nos próximos meses. A empresa também estabeleceu férias coletivas e antecipação de manutenções preventivas e afirma que a ideia é se preparar para retomar a produção em níveis normais assim que o mercado voltar a se aquecer.

VISITA
Michael Klein, diretor-executivo das Casas Bahia, receberá 35 estudantes da Universidade da Pensilvânia, na quarta-feira, na matriz da rede, em São Caetano do Sul.

TUDO AZUL
A AmBev está fazendo testes para lançar uma cerveja em garrafa colorida. Nos mesmos moldes da Heineken, cuja garrafa é verde, o produto da AmBev está sendo testado em embalagem azul. Oficialmente, a empresa nega a iniciativa.

NA ESCOLA
O grupo Ometz, dono da franquia de escolas de inglês Wise Up, vai lançar, no final deste mês, a marca You Move, destinada a adultos das classes C e D. O investimento do franqueador é de R$ 4 milhões, com unidades em São Paulo, Curitiba e Rio.

NA LISTA
O Brasil ficou em 14º lugar no ranking dos países que despertam interesse para oportunidades de investimento em infraestrutura, segundo pesquisa do escritório de advocacia internacional Allen & Overy, que realizou em abril um levantamento com 300 representantes do mercado de infraestrutura no mundo todo.

CIRCULANDO
Após mais de dez anos na liderança da BDO Trevisan, Mauro Ambrósio, passa a atuar na Crowe Horwath RCS, nova empresa de auditoria e consultoria, resultado da união entre RCS Brasil e Tufani, Reis & Soares Auditores Independentes, que acabam de concluir fusão. Ele assume como sócio-diretor nas áreas de auditoria e sustentabilidade e coordenará o departamento comercial.

CAIPIRINHA
Com o câmbio desfavorável aos importados, a Diageo aumentou os investimentos na linha de cachaças Fulô, sua única marca nacional. Para atingir a meta de dobrar as vendas em um ano, a Fulô recebeu da Diageo uma verba 20% maior para marketing. "Queremos deslocar parte dos consumidores de outros destilados para a cachaça", afirma Vicente Bastos Ribeiro, diretor-executivo e mestre-cachaceiro da Fulô, que participou de ações promocionais em 20 bares e restaurantes nesta semana, em SP.


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