São Paulo, sexta-feira, 22 de maio de 2009

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Papel da mídia é debatido em evento no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

A necessidade de a imprensa brasileira evitar o consenso e investir na diversidade de informações e opiniões foi defendida ontem em painel no 21º Fórum Nacional, organizado no Rio pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso.
Participante do evento, a editora-executiva da Folha, Eleonora de Lucena, propôs em sua explanação que a mídia dê ao leitor, ao ouvinte e ao espectador "o essencial para tomar as suas decisões".
"Competindo pelo tempo do consumidor e pelas verbas publicitárias, os meios de comunicação se colocam em situação de desconforto e se questionam sobre o seu verdadeiro e possível papel nessa sociedade. Uma sociedade mais exigente, que pode comparar produtos com rapidez e que cobra precisão e independência. Nessa espécie de balbúrdia, o leitor, que também é ouvinte e espectador, pede uma bússola."
Para a jornalista, quem busca informação na mídia "quer o contraditório, a pluralidade, a profundidade".
O painel contou com o jornalista Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Aluízio Maranhão, editor de Opinião de "O Globo", e André Lahóz, redator-chefe da revista "Exame".
Gandour afirmou que o jornalismo "sempre se pautou e tem se pautado por revelar o que está oculto". Na mesma linha, Maranhão disse que o "interesse" do jornalismo "é divulgar aquilo que os poderosos não querem ver divulgado".
O diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo, fez críticas ao Legislativo, afirmando que ele "é invadido por ladrões e aventureiros", ao fechar o painel, que teve ainda a participação de Luiz Felipe d'Ávila, diretor-presidente do Centro de Liderança Pública.


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