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Papel da mídia é debatido em evento no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
A necessidade de a imprensa brasileira evitar o
consenso e investir na diversidade de informações e opiniões foi defendida ontem
em painel no 21º Fórum Nacional, organizado no Rio pelo ex-ministro João Paulo
dos Reis Velloso.
Participante do evento, a
editora-executiva da Folha,
Eleonora de Lucena, propôs
em sua explanação que a mídia dê ao leitor, ao ouvinte e
ao espectador "o essencial
para tomar as suas decisões".
"Competindo pelo tempo
do consumidor e pelas verbas publicitárias, os meios de
comunicação se colocam em
situação de desconforto e se
questionam sobre o seu verdadeiro e possível papel nessa sociedade. Uma sociedade
mais exigente, que pode
comparar produtos com rapidez e que cobra precisão e
independência. Nessa espécie de balbúrdia, o leitor, que
também é ouvinte e espectador, pede uma bússola."
Para a jornalista, quem
busca informação na mídia
"quer o contraditório, a pluralidade, a profundidade".
O painel contou com o jornalista Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo
Estado, Aluízio Maranhão,
editor de Opinião de "O Globo", e André Lahóz, redator-chefe da revista "Exame".
Gandour afirmou que o
jornalismo "sempre se pautou e tem se pautado por revelar o que está oculto". Na
mesma linha, Maranhão disse que o "interesse" do jornalismo "é divulgar aquilo
que os poderosos não querem ver divulgado".
O diretor-executivo da
ONG Transparência Brasil,
Cláudio Weber Abramo, fez
críticas ao Legislativo, afirmando que ele "é invadido
por ladrões e aventureiros",
ao fechar o painel, que teve
ainda a participação de Luiz
Felipe d'Ávila, diretor-presidente do Centro de Liderança Pública.
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