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Mais de 15,5 mil passam pelo feirão da Caixa no 1º dia
Mais de 100 mil são esperados no final de semana; ontem foram movimentados R$ 162 mi até as 18h30
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
No primeiro dia do Feirão da
Casa Própria em São Paulo, 15,5
mil pessoas passaram pelo
Centro de Exposições Imigrantes das 10h às 18h30, e foram
movimentados R$ 162 milhões,
entre contratos fechados e em
andamento com a Caixa Econômica Federal.
"O primeiro dia é o mais fraco", comentou o superintendente regional do banco, Valter
Nunes, que espera a visita de
mais de 100 mil pessoas no sábado e no domingo.
Na avaliação das construtoras com filas nos estandes no
evento, potenciais mutuários
estão mais bem informados
neste ano e com mais vontade
de fechar logo o negócio devido
à publicidade do Minha Casa,
Minha Vida. O programa federal começou a valer em 13 de
abril e tem como foco imóveis
novos avaliados em até R$ 130
mil para famílias com renda de,
no máximo, dez salários mínimos (R$ 4.650).
"O cliente está desesperado
para comprar", afirmou Marcos Ladeira, coordenador de
vendas da MRV Engenharia.
Observando o público que vem
visitando a construtora desde o
mês passado, ele diz que a
maioria das pessoas não sabe os
detalhes do programa, mas
acha que "a hora é agora" para
comprar a casa própria porque
sabe que o governo está dando
um "desconto" no valor.
Julio Santos, diretor de vendas da Tenda, já prevê que vai
superar a projeção de atender
6.000 pessoas durante o feirão.
"O cliente está vindo mais bem
preparado. Cerca de 70% têm
condições de comprar o imóvel
agora", diz. A construtora levou
ao evento 2.300 unidades na
Grande São Paulo e outras
1.500 fora da região metropolitana, totalizando uma oferta
30% maior do que em 2008.
Com toda a documentação
em mãos, a secretária Valéria
Assis, 30, fechou o negócio ontem em apenas dez minutos.
Ela pesquisou, desde janeiro,
um imóvel na região de Carapicuíba (Grande SP), onde mora
pagando R$ 500 de aluguel.
Encontrou um apartamento
de R$ 75 mil e foi ao feirão só
para assinar o contrato. "Já sabia o que queria." Com renda
mensal de R$ 1.700, Valéria vai
pagar uma prestação de R$ 416
por 15 anos dentro do Minha
Casa, Minha Vida, com subsídio de R$ 18.800 do governo.
Balanço
Até o último dia 19, o programa recebeu 391 projetos, totalizando 71.496 unidades. O superintendente regional da Caixa
destaca que, embora tenha menor quantidade de empreendimentos (96), a faixa de renda
familiar de até três salários mínimos (R$ 1.395) tem a maior
parte dos imóveis (26.883).
Porém, desses 391, apenas 28
empreendimentos foram contratados até agora, o que equivale a 1.922 moradias. São Paulo tem o maior número de projetos (13), mas Mato Grosso lidera em unidades (998), distribuídas em apenas dois empreendimentos -os únicos direcionados à faixa de renda de
até três salários mínimos, entre
os já contratados.
O termo de adesão ao programa foi assinado por 16 Estados
e 562 municípios, sendo 23 capitais, que podem participar da
viabilização dos projetos para a
baixa renda com a doação de
terrenos, por exemplo.
Os financiamentos imobiliários da Caixa já ultrapassam os
R$ 11,7 bilhões em 2009, mais
que o dobro do valor registrado
em igual período um ano antes.
Colaborou JULIANA COLOMBO, do "Agora"
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