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JUSTIÇA
Petrobras pode ter de pagar US$ 600 mi
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras terá de pagar ao
menos US$ 600 milhões a advogados e a um acionista minoritário da Petroquisa (subsidiária da
estatal para a área petroquímica),
caso não consiga inverter no STJ
(Superior Tribunal de Justiça) e
no STF (Supremo Tribunal Federal) uma decisão do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro.
No final de março deste ano, o
Tribunal de Justiça decidiu que a
Petrobras terá de pagar uma indenização de US$ 2,4 bilhões à Petroquisa. Ou seja: a maior parte
do valor vai para o caixa da Petrobras (que detém 99,5% da empresa), obrigando a estatal a jogar o
valor da indenização do seu balanço para o da Petroquisa.
O problema é que, com base na
lei das S.A.s, a decisão prevê um
prêmio de 5% sobre o valor da indenização para o autor da ação
-a Porto Seguro Imóveis, do
empresário Eduardo Duvivier
Neto- e honorários de 20% para
os advogados -no caso, o escritório Lobo e Ibeas. Se mantida a
decisão, a sócia da Petroquisa receberá R$ 120 milhões e o escritório, R$ 480 milhões.
A Porto Seguro questionou a
venda da Petroquisa em 1993.
A Petrobras informou que recorreu no STJ e no STF, argumentando que, à época, obedeceu a regulamentação do Programa Nacional de Desestatização, que se
sobrepõem à lei das S/ As.
A Folha apurou que os advogados da estatal consideram fácil a
reversão da decisão.
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