São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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DESPERTAR DO DRAGÃO

Índice vai a 1,50%, ante 1,24% no mês anterior; analistas esperam corte nos juros só em agosto

IGP-10 confirma preços em alta em junho

DA FOLHA ONLINE, NO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mais um índice confirmou a aceleração da inflação em junho. Dessa vez, o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10), que tem 60% do seu peso baseado no atacado, apurou inflação de 1,50%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em maio, a alta do IGP-10 havia sido de 1,24%.
O índice revela a alta dos preços tanto no atacado como no varejo, o que demonstra aumento do repasse da inflação.
O IPA (Índice de Preços por Atacado), que representa 60% do índice geral, registrou alta de 1,77% em junho, após subir 1,62% em maio. No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, apresentou alta de 0,72%, depois de subir 0,44% no mês anterior.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou alta de 1,69% em junho, contra 0,70% em maio.

Juros
O Banco Central só deve voltar a promover cortes nos juros em agosto, segundo projeção feita por analistas de mercado consultados pela própria instituição. A cada semana, o levantamento mostra que é cada vez menor a velocidade esperada para a redução da Selic (taxa básica), hoje em 16% ao ano.
Na semana passada, o BC já havia anunciado que os juros permanecerão inalterados até o mês que vem. Segundo a pesquisa, são esperados quatro cortes até o final do ano, todos de 0,25 ponto: em agosto, setembro, outubro e dezembro. Dessa forma, a taxa encerraria 2004 em 15% ao ano.
Em janeiro, o mesmo levantamento feito pelo BC mostrava que a expectativa do mercado era a de que os juros fossem cair para 13,5% ao ano até dezembro.
Os analistas consultados também elevaram, pela sexta semana seguida, suas estimativas para a inflação esperada para este ano. A alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), segundo a pesquisa, deve ficar em 6,79% -a meta do governo foi fixada em 5,5%, mas admite variação de até 2,5 pontos percentuais acima disso. Ou seja, pode chegar a 8%.
Também houve mudanças nas projeções referentes às contas externas do país. O saldo positivo esperado nas transações correntes -que incluem todas as negociações de bens e serviços com o exterior-, que há um mês era de US$ 2,4 bilhões, passou para US$ 3,5 bilhões na nova pesquisa.


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