São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Emissão de títulos brasileiros no exterior já era aguardada; dólar e juros futuros registraram pequena baixa

Captação não chega a empolgar mercado

DA REPORTAGEM LOCAL

A notícia da operação de captação de recursos pelo governo no exterior foi bem recebida no mercado, mas sem chegar a empolgar muito os investidores. O dólar fechou em baixa de 0,19%. O risco-país e os juros futuros também recuaram.
Esperada havia semanas, a operação, que ficou em US$ 750 milhões, ajudou a manter o mercado tranqüilo. A Bovespa fechou com pequena baixa de 0,2%. O superávit da balança comercial brasileira na terceira semana de junho também foi positivo para manter o dólar comportado. Ontem a moeda fechou em R$ 3,134. Há um mês, estava em R$ 3,20.
Hoje as instituições financeiras esperam a consulta do Banco Central para medir a demanda por hedge (proteção contra oscilações do dólar). Uma demanda forte deve levar o BC a oferecer títulos para renovar ao menos parte dos US$ 2,5 bilhões em papéis cambiais que vencem no dia 1º.
O Tesouro Nacional voltará hoje ao mercado, como na semana passada, para realizar um leilão de títulos prefixados. Devido à turbulência do mercado, o Tesouro ficou cerca de seis semanas sem vender esses títulos.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, as projeções das taxas de juros recuaram, principalmente nos contratos de vencimentos mais longos, acima de seis meses.
A taxa do contrato DI de prazo de resgate na virada do ano caiu de 16,95% para 16,86% anuais. Segundo pesquisa realizada pelo BC com instituições financeiras, a taxa básica de juros, que está em 16% ao ano, só deve voltar a ser reduzida em agosto.

Saída
O balanço dos negócios feitos pelos investidores estrangeiros no mercado acionário local neste mês é negativo. Até o dia 16, as vendas de ações com recursos de estrangeiros superam as compras em R$ 421,4 milhões.
Em maio, esse saldo ficou positivo em R$ 269 milhões. O último mês em que as vendas de ações com capital estrangeiro foram maiores que as compras foi maio de 2003.
O exercício de opções de ações ontem na Bolsa de Valores de São Paulo movimentou R$ 937,2 milhões, o melhor resultado do ano.
Para esta semana, na quinta-feira, é esperada a estréia das ações da companhia aérea Gol no pregão da Bolsa paulista.
(FABRICIO VIEIRA)


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