São Paulo, segunda-feira, 22 de junho de 2009

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br

Conta de luz refletirá uso de térmica, diz estudo

A política energética do governo está custando caro para o consumidor. Sobre as revisões das tarifas feitas por distribuidoras de energia elétrica a partir deste ano pesa a decisão do governo de acionar usinas termelétricas a óleo em detrimento de opções mais baratas no ano passado. O custo com a geração de energia térmica foi de R$ 2,3 bilhões em 2008, valor que supera em muito a média de R$ 150 milhões dos cinco anos anteriores.
Essa é a principal mensagem da 7ª edição do Programa Energia Transparente, relatório do Instituto Acende Brasil que será divulgado amanhã.
Segundo o presidente do instituto, Claudio Sales, o custo compõe o encargo de serviços do sistema, que é repassado aos consumidores nos reajustes das distribuidoras de energia.
Sales explica o aumento do encargo pela mudança da política energética do governo no final de 2007. Segundo ele, o governo refutou um critério de uso de fontes de energia complementares à hidrelétrica que estabelecia uma ordem para acionar termelétricas, ligando primeiro as de menor custo.
A medida custou R$ 5.700 por MWh de déficit de energia evitado em 2008, de acordo com o levantamento. O valor avaliado do custo do déficit energético pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) é de R$ 2.500, diz Sales.
"É como fazer um seguro de R$ 1.000 para se proteger de um risco de R$ 10", afirma.
O consultor Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), concorda com a crítica do instituto. Segundo ele, o governo acionou as térmicas a óleo no ano passado, mais caras, para evitar a falta de gás para a indústria.
Para ele, o governo não tinha muitas opções naquele momento e precisou remediar o erro de não investir em oferta de energia. "Ele transferiu um erro de planejamento para os consumidores."
Neste ano, a expectativa de Sales e Pires é que o gasto com termelétricas seja menor. Os motivos são o maior volume de chuvas e a queda do consumo de energia e de gás em 2009.

LENÇOL
A Valencien, especializada no mercado de luxo para produtos de cama, mesa e banho, vai iniciar a venda on-line das suas linhas no segundo semestre do ano. Segundo o sócio Fabio Mancurti, a expectativa é que o site de e-commerce amplie em 20% o faturamento da empresa. Além do portal, a estratégia de crescimento da empresa inclui um fortalecimento da parceria com decoradores e a oferta de marcas como a norte-americana Laura Ashley e as italianas Somma, Errebi e Venezia. Um jogo de lençóis Venezia de linho com renda bordada à mão, por exemplo, custa até R$ 5.000.

LUXUOSO
A Atualuxo 2009 (Conferência Internacional do Negócio do Luxo ), que será realizada entre os dias 9 e 11 de setembro, no Hotel Gran Hyatt, em SP, tem confirmadas as participações de MasterCard Black, Nespresso, Pernod Ricard, Puma, Dudalina, Abit, entre outros.

FINANÇAS
A ExpoMoney e a editora Campus-Elsevier promoverão amanhã, na livraria Saraiva do shopping Ibirapuera, um debate sobre investimentos e finanças. Estarão presentes Gustavo Cerbasi, José Treiger e Fábio Pereira, que lançarão seus livros.

SIMULAÇÃO
A Petrobras finalizou o primeiro simulador de guindaste "offshore" da América Latina, com tecnologia nacional. O equipamento ficará instalado na sede de Macaé (RJ) do Senai e será usado na formação de 160 alunos do curso de movimentação de cargas do Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo e Gás.

DE PLÁSTICO
Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart Brasil, vai lançar uma campanha ao lado de Carlos Minc (Meio Ambiente) chamada "Saco é um Saco!", pela redução do uso de sacolas plásticas.

REGIÃO
O Fórum Econômico Mundial vai apresentar pela primeira vez um recorte do seu relatório de Competitividade Global destacando o México. O documento, feito em parceria com Harvard, destacou nas últimas edições Brasil e África do Sul. Os resultados abordam questões relativas ao Nafta e a problemas climáticos.

AQUECIMENTO
Duda Magalhães é o novo diretor-geral da Dream Factory Sports, empresa da holding Artplan. Magalhães, que era dono da Movin", se juntará ao sócio Carlos Alberto Parreira.

NO TOPO
Entre as 50 maiores empresas latino-americanas, estão companhias brasileiras que lideram o ranking de sustentabilidade que a multinacional de consultoria estratégica Management & Excellence e a Latin Finance divulgam neste semestre.

SUSTENTÁVEL
Seis brasileiras dos ramos de energia, óleo e gás, indústrias aeronáutica, de aviação, alimentícia, de varejo e telecomunicações estão à frente de companhias de México, Argentina, Chile, Peru e Venezuela, avaliadas pelo ranking de sustentabilidade da Management & Excellence.

TERRITÓRIO
Fernanda Purchio, diretora do Centro de Educação Canadense, entidade que oferece informações sobre ensino no Canadá, registrou, desde janeiro, alta de 15% na busca por dados sobre os cursos de especialização no país. Purchio atribui o aumento à crise, que espantou a procura por cursos nos EUA. "Os alunos que buscavam experiência educacional aliada a uma vaga de trabalho perderam espaço para isso nos Estados Unidos, e o Canadá se tornou uma opção melhor, também porque o dólar canadense não sofreu a volatilidade do americano."

SAPATO
As principais oportunidades no Oriente Médio para o setor calçadista brasileiro estão em Dubai (Emirados Árabes Unidos), Riad (Arábia Saudita) e Beirute (Líbano), segundo estudo da Apex-Brasil. O maior potencial nesses mercados é para produtos masculinos e infantis, de acordo com o levantamento.

BAR
A Sonar, empresa de franquias do Grupo Schincariol, vai lançar mais um modelo de negócios para o bar Devassa. Serão oferecidas franquias com custo médio de R$ 400 mil em espaços de 100 m2, direcionadas a empreendedores com interesse em abrir a microcervejaria em shopping centers ou pontos de alto fluxo nas regiões Sul e Sudeste.

FILÉ
Churrascarias paulistas estão se preparando para disputar um ponto privilegiado no Rio. A prefeitura fará uma licitação para transferir o ponto da famosa churrascaria Porcão Rio's, que funcionou por dez anos ao lado da baía de Guanabara, com vista para o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar.

PARA INGLÊS VER
As vendas da cachaça Sagatiba nas lojas Duty Free dos aeroportos do Reino Unido aumentaram 55% no primeiro trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado.

LÍNGUA
A rede Fisk, de escolas de idiomas, planeja investir R$ 10 milhões neste ano no reposicionamento da marca.



com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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