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Taxa básica pode ter chegado perto de seu piso
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de ser reduzida para 9,25% anuais, a taxa básica
Selic pode estar perto de seu
piso. Ao menos é o que projetam analistas e investidores,
que contam com, no máximo, mais uma redução neste
ano, que levaria a taxa básica
da economia para 9%.
O próprio Copom (Comitê
de Política Monetária), na
ata de sua mais recente reunião, afirma que o espaço
existente hoje para novos
cortes é "residual".
Como consequência, a
rentabilidade das aplicações
que acompanham a oscilação
dos juros, especialmente os
fundos DI, pode não ter muito mais o que encolher.
"Não sabemos ainda se os
juros reais vão cair muito. Isso depende também do rumo
da inflação", afirma o administrador de investimentos
Fábio Colombo.
Se a inflação voltar a ser
uma ameaça no ano que vem,
o Banco Central poderá reverter o atual processo e elevar os juros.
Neste momento, o mercado projeta que a taxa básica
de juros estará no mesmo patamar que o atual em 2010.
Isso demonstra que os pouco
mais de 9% atuais têm se firmado como piso.
Mas os cenários para a inflação e os juros podem trazer surpresas, como o ano
passado demonstrou.
Apesar da crescente saída
dos investidores dos fundos
que pagam juros, ainda há
uma considerável soma de
dinheiro aplicada neles.
Os fundos DI têm patrimônio líquido de R$ 186,69
bilhões. O mercado brasileiro de fundos como um todo
-ações, DI, renda fixa, previdência privada e outros-
apresenta patrimônio de R$
1,22 trilhão, em seus maiores
níveis históricos.
A poupança apresenta saldo de R$ 280,61 bilhões.
"Mesmo que os juros descessem mais, não acho que as
aplicações de renda fixa desapareceriam. Basta ver o
exemplo de países como os
EUA, que têm juros baixíssimos e ainda têm aplicações
de renda fixa", diz Colombo.
Os juros básicos americanos
estão atualmente entre zero
e 0,25% ao ano.
(FV)
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