São Paulo, Terça-feira, 22 de Junho de 1999
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MOEDA
Banco do Japão vende mais US$ 5 bi para segurar a valorização do iene; euforia impulsiona mercados da região
Bolsa de Tóquio atinge maior nível desde 97

das agências internacionais

A Bolsa de Valores de Tóquio atingiu ontem o maior nível em pontos desde outubro de 1997, com outra intervenção agressiva do Banco do Japão (o banco central japonês) no mercado cambial.
O Banco do Japão teria vendido, de acordo com as estimativas de mercado, em torno de US$ 5 bilhões para evitar a valorização excessiva do iene em relação ao dólar.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio chegou ontem aos 17.738,85 pontos, com alta de 1,76%. A maior pontuação alcançada até então era de 17.824,78, em 6 de outubro de 97, pouco antes do início da crise asiática.
"O mercado está reagindo positivamente à determinação do governo em segurar a valorização do iene", disse Yukuo Kobayashi, economista da Universal Investment Trust Management, em Tóquio.
O BC japonês já interveio quatro vezes em 11 dias. Nesse período, a instituição vendeu o total de US$ 16 bilhões em ienes.
Com a intervenção de ontem, a cotação subiu para 122,14 ienes por dólar, contra 120,71 na sexta-feira.
A euforia da Bolsa de Tóquio se espalhou pelos mercados acionários da região.
A Bolsa de Hong Kong subiu 4,37% e a de Seul, na Coréia do Sul, 3,73%. Na Tailândia, a alta foi de 3,77%.
A alta da Bolsa de Tóquio também repercutiu positivamente nas Bolsas européias. A Bolsa de Frankfurt (Alemanha) terminou o dia com alta de 0,34% e a de Londres, com valorização de 0,82%. O mercado acionário de Paris fechou com alta de 0,12%, e o de Milão, com mais 0,27%.

Pessimismo
O euro voltou a registrar queda ontem após as declarações pessimistas do futuro presidente da Comissão Européia, o italiano Romano Prodi.
Prodi disse que a Itália poderia abandonar o euro se a competitividade das indústrias italianas continuasse a ser prejudicada.
"Nossa inflação foi de 2% no ano passado, enquanto a dos nossos concorrentes europeus foi de 1%, em média. Se continuarmos assim, não poderemos lidar com o euro por muito tempo", disse.
As afirmações de Prodi fizeram o euro recuar para US$ 1,0316, contra US$ 1,0411 de sexta-feira.


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