São Paulo, domingo, 22 de julho de 2001

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Líderes lamentam, mas reunião continua

DA REDAÇÃO

Os líderes das sete economias mais ricas do mundo e da Rússia decidiram ontem manter a agenda da reunião anual do G-8 (Grupo dos Oito). A decisão foi tomada apesar da morte de um manifestante durante os protestos contra o encontro e de apelos pelo fim das reuniões.
Em nota divulgada ontem pela organização do encontro, os membros do G-8 disseram estar convictos da importância de continuar com as reuniões desse tipo.
"É vitalmente importante que os líderes eleitos democraticamente, representantes legítimos de milhões de pessoas, possam reunir-se para debater temas de preocupação comum", afirma o documento.
Para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, as demonstrações contra a globalização prejudicam o interesse dos países pobres, exatamente aqueles que os manifestantes querem defender. Em seu programa de rádio semanal, o presidente americano disse que a liberalização do comércio internacional "é o único caminho conhecido para que as nações em desenvolvimento saiam da pobreza". Bush lamentou a morte do manifestante e atacou os opositores à globalização.
Segundo o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, os atos de violência não devem ofuscar a importância dos grandes encontros internacionais. Jean Chrétien, o primeiro-ministro do Canadá -onde será realizado o próximo encontro do G-8-, disse, no entanto, que o formato dos encontros precisa ser modificado para evitar os atos de violência.
Os governantes do G-8 trataram de temas como a pobreza no mundo, a redução das dívidas das economias mais fracas e questões ambientais.


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The New York Times: Morte foi perto de líderes mundiais

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