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MERCADO ABERTO
PIB maior deve complicar setor de energia
O novo atraso para o início de
duas obras de usinas hidrelétricas no rio Madeira, em Rondônia, voltou a acender um sinal
amarelo entre os grandes consumidores de energia no país.
Para várias entidades representantes de empresas eletrointensivas, a situação tende
a ser confortável apenas se o
Brasil continuar mostrando
uma taxa de crescimento medíocre nos próximos anos.
Mantido o atual ritmo dos investimentos em hidrelétricas,
acreditam, o Brasil deve torna-se cada vez mais dependente
das termoelétricas.
Segundo análise elaborada
pela consultoria MB Associados com base em estudo do Instituto de Energia da PUC-RJ, a
demanda de energia elétrica
atingirá entre 59 GW e 62 GW
médios em 2010, levando em
conta um crescimento econômico entre 4,4% e 5% ao ano.
No ano passado, a capacidade
de oferta era de 50 GW, 4 GW
acima da demanda.
Do total de 35 GW médios de
geração máxima prevista para
entrar em operação até 2010,
81% apresentam algum tipo de
restrição. Em 62% dos casos, as
restrições são consideradas
graves, como ausência de licença de instalação, descumprimento do prazo para início da
obra e liminar judicial ou inviabilidade ambiental para o empreendimento.
Nesta semana, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), responsável pelo
licenciamento das usinas do
Madeira -fundamentais para
equacionar a oferta futura-
devolveu a Furnas e à Odebrecht o estudo de impacto ambiental por considerá-lo insatisfatório. O Ibama informa
que as empresas ficaram de
apresentar as correções na semana que vem.
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de
Pesquisa Energética), estatal
de planejamento do setor, considera o contratempo "normal
no processo". Sustenta que, pelos cenários da EPE, a oferta de
energia crescerá 4% entre 2006
e 2011 (com um PIB médio de
5,3% ao ano) e 4,11% entre 2011
e 2016 (com um aumento do
PIB de 5%, em média).
LUXO NO PULSO
O Brasil ganhou um novo grupo de relojoaria. Trata-se
do italiano Sector, que acaba de desembarcar no país com
modelos de marcas próprias como a Philipe Watch e a homônima Sector e outras licenciadas como Valentino,
Moschino, Cavalli e PZero (de acessórios da Pirelli). O foco da empresa está no mercado de luxo do país. "Nossa
expectativa é atingir, nos próximos dois anos, 10 mil relógios ao ano, vendidos em joalherias e relojoarias de todo o
país", afirma Rafaello Quinto, diretor da Sector no Brasil.
O escritório de São Paulo centraliza os negócios do grupo
em toda a América do Sul.
AO PÉ DO OUVIDO
De olho nas "limitações que a idade traz", o Centro Auditivo Telex, uma empresa da dinamarquesa Oticon, acaba de lançar uma linha de aparelhos auditivos para os novos usuários, que são, na verdade, usuários novos: pessoas
com mais de 50 que têm uma vida profissional muito agitada e já admitem ter problemas de audição. Com um investimento de US$ 41 milhões e dois anos de pesquisa, a
empresa criou um produto que alia alta tecnologia em tamanho reduzido e design diferente. "É para iniciantes, é
para não ter vergonha de usar", afirma Morten Hellberg,
presidente do Centro Auditivo Telex, sobre o aparelho
que foi lançado com diversas cores e estampas.
CLUBES NA MIRA
O Procon-SP está de olho
nos clubes de lazer que cobram ex-sócios após dívidas
prescritas. O novo Código
Civil, de 2002, estabeleceu
em um de seus artigos que a
prescrição de uma dívida poderia ser determinada pelas
partes, em vez de prescrever
ao passar de dois ou cinco
anos, como determinada anteriormente. Com isso, os
clubes pegaram dívidas antigas de ex-sócios e passaram
a cobrá-los. A partir de fevereiro, no entanto, o artigo
194 do Código Civil foi revogado e os clubes não podem
mais cobrar dívidas prescritas. O Procon-SP informa
que isso é caracterizado como prática abusiva e pode
resultar em multas de
R$ 212 a R$ 3 milhões.
EM OBRAS
A Caixa Econômica Federal está financiando a construção de cinco centrais hidrelétricas na região Centro-Oeste. O investimento,
de R$ 295,7 milhões, vem do
FAT e do BNDES.
PODER VERMELHO
A China deve ocupar o
posto de potência mundial
em 2026. A previsão foi feita
por uma comissão organizada pela agência de soluções
de inteligência GMI, com 10
mil pesquisados em dez países. De acordo com o estudo,
a Índia ficará em segundo
lugar e os Estados Unidos
ocuparão a vice-liderança
econômica mundial. Os motivos que levaram a China ao
pódio são o enorme tamanho de sua população (para
88% dos pesquisados) e o
custo da mão-de-obra
(83%). Já a Índia foi eleita
pela língua inglesa (83%).
Entre os pesquisados, os coreanos são os que mais apostam na China -a parcela
chega a 68%. O Brasil teve
709 pesquisados -51%
apostam que a China será a
potência mundial.
TV PAGA
O segmento de TV paga se
reúne em São Paulo a partir
de 1º de agosto na ABTA
2006, uma das principais
feiras e congressos de TV
por assinatura da América
Latina. No dia 2, o foco estará voltado pra as perspectivas políticas e econômicas
para o próximo ano, em debate com participação de
Manoel Horácio Francisco
da Silva, presidente do Banco Fator, Luís Nassif e Franklin Martins.
ANOREXIA
A Anfarmag, que representa 70% das farmácias de
manipulação e 10 mil farmacêuticos profissionais, acaba
de lançar o "Guia Farmacoterapia da Obesidade" para
aumentar a segurança na
prescrição de anoréxicos.
Segundo a ONU, o Brasil é
detentor da maior relação de
consumo de anfetaminas
controladoras do apetite,
por grupo de mil habitantes.
O guia é voltado para médicos e farmacêuticos.
GUIA DA 25
A Univinco (união de lojistas da região da rua 25 de
Março) lança em outubro
um guia para consumidores
da região. O guia, que será
vendido a um preço entre
R$ 9,90 e R$ 12,90, terá informações sobre lojas, restaurantes, estacionamentos
e bancos das redondezas. A
Univinco representa 2.500
lojas, com faturamento estimado de R$ 5 bilhões ao ano.
SEGURANÇA 1
A Secretaria Nacional de
Segurança Pública investiu
no equipamento dos bombeiros. Foram gastos R$ 5,4
milhões em desencarceradoras (tesouras hidráulicas
para cortar veículos acidentados e auxiliar resgates).
SEGURANÇA 2
O grupo Cipa Feira e Congresso promove, de 23 a 25
de agosto, em SP, a feira de
segurança Fisp, com mais de
450 empresas, equipamentos e serviços para a prevenir
acidentes de trabalho.
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