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Bancos suíços evitam clientes americanos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após a disputa entre o governo dos Estados Unidos e o
UBS para a quebra de sigilo
de cidadãos americanos que
teriam usado contas na instituição para sonegar impostos, alguns bancos suíços estão recusando clientes americanos por receio das autoridades daquele país, segundo o jornal norte-americano
"Wall Street Journal".
De acordo com reportagem publicada ontem, ao
menos quatro instituições financeiras adotaram medidas
especiais para lidar com
clientes com domicílio nos
EUA ou se recusaram a aceitar o dinheiro deles.
Embora esses bancos sejam relativamente pequenos
comparados com instituições como Julius Baer e Credit Suisse Group, a iniciativa
mostra o abalo sofrido na indústria bancária da Suíça por
conta da ameaça de quebra
de sigilo.
Nas últimas semanas, o
banco Zürcher, por exemplo,
decidiu recusar contas de cidadãos americanos. Outros
colocaram restrições maiores a esses clientes, ainda de
acordo com o jornal.
O receio começou após o
UBS, a maior instituição financeira suíça, ser acusado
de facilitar a sonegação fiscal
para milhares de contribuintes americanos. Em fevereiro, o UBS pagou multa de
US$ 780 milhões e revelou
dados de 255 clientes para
fechar um processo penal.
Entretanto, um processo que
intima o banco a fornecer informações de 52 mil clientes
continua aberto.
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