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TELECOMUNICAÇÕES
Persiste dúvida sobre interconexão de redes
AT&T pede regras
claras para celular
da Sucursal do Rio
O presidente da AT&T do Brasil, Omar Carneiro da Cunha,
disse ontem que, se o governo
privatizar a rede pública de telefonia junto com o serviço celular
das estatais, estará fazendo uma
"mudança drástica" nas regras
para as concessões do celular privado (banda B).
Segundo o executivo, a AT&T
fez suas propostas de preço para
compra das concessões confiante de que a rede pública de telefonia seria privatizada à parte do
serviço celular das estatais.
Cunha disse se preocupar com
notícias de que o governo cogita
vender os dois sistemas em conjunto. Afirmou que, se a AT&T
soubesse disso, teria sido mais
"cautelosa" nas suas propostas.
Segundo ele, as empresas que
forem explorar a banda B vão depender da rede básica de telefonia para completar suas ligações.
Disse que, se a empresa que
comprar a rede básica ficar também com o celular das estatais,
tenderá a não ser "tão amável"
com seu concorrente da banda B.
O executivo disse que o consórcio TT-2 -formado pela AT&T,
Globo, Bradesco e Stet- consultou formalmente a comissão especial de licitação da banda B, do
Ministério das Comunicações,
sobre o modelo de privatização
das estatais.
Segundo ele, a comissão respondeu que a rede básica e o serviço celular seriam vendidos em
separado.
O presidente da AT&T disse
que a Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações), que vai
fiscalizar e regulamentar o mercado de telecomunicações, precisará de muito poder para forçar as empresas que estão no
mercado a abrir espaço para os
novos concorrentes.
Disse que o Brasil não tem tradição de órgãos reguladores fortes e que a Anatel continuará vinculada ao ministério.
"O ministro Motta queria um
agência independente, mas a legislação não permite uma autarquia independente", afirmou.
Segundo ele, em todos os países que abriram seus mercados
há resistência das antigas operadoras a oferecer interconexão
aos novos concorrentes.
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