|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Dólar cai 0,65%, para R$ 3,08, e Bolsa sobe 1,88%; risco Brasil acumula baixa de 10,2% na semana
Decisão do Copom não surpreende investidor
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar caiu mais 0,65% ontem
e fechou negociado a R$ 3,08 para
a venda. Na semana, a moeda
norte-americana acumula queda
de 1,44%. Em quatro pregões seguidos de queda, o que não ocorria há um mês e meio, a baixa é de
3,9%. O Banco Central interveio
no mercado ontem vendendo dólares. O risco-país, calculado pelo
banco JP Morgan, caiu 6,9%, para
1.877 pontos. Na semana, o indicador acumula queda de 10,2%.
A principal notícia do dia foi a
decisão do Copom (Comitê de
Política Monetária) do BC, que
manteve os juros brasileiros inalterados em 18% ao ano e adotou o
viés de baixa para a taxa.
A decisão já era esperada pelo
mercado. Analistas dizem acreditar que a cotação do dólar poderá
influir na utilização ou não do
viés: "O dólar é, agora, a principal
variável a ser acompanhada",
afirma Rodrigo Wanderley, da
Ágora Sênior.
Ele avalia, ainda, que se o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o
presidente do BC, Armínio Fraga,
tiverem sucesso em suas conversas com investidores internacionais na semana que vem, o mercado cambial poderá se acalmar.
"Se as linhas de crédito externo
para o Brasil forem reativadas, a
liquidez deverá voltar ao mercado
e o dólar terá espaço para cair
abaixo de R$ 3. Nesse caso, o BC
poderá mudar os juros antes da
próxima reunião do Copom",
afirmou Wanderley.
O volume de negócios com o
câmbio continuou abaixo da normalidade -o mercado movimentou cerca de US$ 800 milhões
ontem. O mercado também
aguarda, para a semana que vem,
a divulgação das primeiras pesquisas eleitorais após o início do
horário político na televisão.
A expectativa é por um melhor
desempenho do candidato do governo, José Serra (PSDB). Serra é
o candidato do mercado por ser
associado à continuidade da atual
política econômica.
No mercado futuro, as projeções para os juros tiveram uma
variação mínima. Os contratos
para janeiro do ano que vem, que
concentram o maior número de
negócios, caíram de 21,78% para
21,74%.
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou o dia em alta de 1,88%,
em 9.437 pontos. O giro financeiro voltou aos níveis da média diária dos últimos meses, ficando em R$ 604,486 milhões.
(ANA PAULA RAGAZZI)
Texto Anterior: Energia elétrica: Aneel intervém e pode cassar concessão de distribuidora do Maranhão Próximo Texto: O Vaivém das Commodities Índice
|