São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

NOVA PRESSÃO?
O mercado espera nova alta nos preços do arroz nas próximas semanas. Até o final do próximo mês, a saca poderá ficar em R$ 35, contra os atuais R$ 33,50. O cereal disponível começa a ficar nas mãos de quem tem dinheiro e não precisa vender imediatamente o produto, segundo um analista.

PASSAGEM APERTADA
Pelos números dele, o país ainda tem 7 milhões de toneladas de arroz -incluindo as 600 mil toneladas que virão da Argentina e do Uruguai- para consumir até fevereiro. Com o consumo médio de 1 milhão de toneladas por mês, os estoques de passagem serão os menores das últimas dez safras, afirma.

RECUPERAÇÃO
A revisão de expectativas sobre o crescimento mundial estaria dando suporte novamente aos preços das commodities, na avaliação de Geraldo Sant'Ana de Camargo Barros, professor da Esalq/USP e coordenador científico do Cepea. A expectativa de que a China pisaria no freio após a Olimpíada parece não se confirmar.

ACIMA DO PREVISTO
A produção das lavouras de fumo superou as projeções na safra 2007/8, ao atingir 720 mil toneladas nos 354 mil hectares plantados nos três Estados do Sul. Os dados são do Sindifumo, que estima que o setor tenha 182 mil produtores. Na safra 2008/9, deve chegar a 760 mil toneladas.

COMPRA DE LEITE
As importações brasileiras de leite e derivados da Argentina aumentaram 83% nos sete primeiros meses deste ano em relação a igual período anterior, mostram dados do governo argentino. Os gastos brasileiros atingiram US$ 83,1 milhões no período, contra US$ 45,4 milhões de janeiro a julho de 2007.

COTA HILTON
A desorganização interna do setor de carnes da Argentina fez o país perder espaço em um dos nichos de maior valor: o da cota Hilton. Até julho, as exportações argentinas desses cortes somaram 12,1 mil toneladas, 19% menos do que em 2007. No período, o preço médio da tonelada foi a US$ 14,8 mil, com alta de 45%.

SEM COMPRADOR
No Brasil, a colheita de trigo avança, e a produção ficará próxima de 5 milhões de toneladas. O problema é que os compradores desapareceram e não há interesse pelo cereal nacional, diz um produtor.

COTA MAIOR
O governo argentino elevou para 1,4 milhão de toneladas a permissão para as exportações de trigo. Esse novo volume do cereal pode ser negociado para qualquer destino.


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