São Paulo, Quarta-feira, 22 de Setembro de 1999
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COMÉRCIO EXTERIOR
A última previsão, de superávit, está superada
Governo revê projeções para a balança e admite déficit em 99

da Sucursal de Brasília

A secretária de Comércio Exterior, Lytha Spíndola, informou que técnicos do Banco Central e dos ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda irão se reunir, amanhã, para começar a rever, "para baixo", o saldo esperado para a balança comercial este ano.
A última estimativa feita pelo governo fixou em US$ 1,5 bilhão a diferença entre as exportações e as importações em 1999. A expectativa, agora, é que esse superávit seja menor, ou que haja um déficit. No início do ano, esperava-se um superávit de US$ 11 bilhões.
Spíndola afirmou que, no recálculo dos números da balança comercial, o governo levará em conta o fato de a Petrobrás estar planejando aumentar suas importações de petróleo nos próximos meses para se precaver contra novas elevações nos preços do produto no mercado internacional.
No final do ano passado, o barril de petróleo estava cotado a menos de US$ 10 o barril. De lá para cá, o preço do produto já ultrapassou a marca dos US$ 20. A Petrobras teme que o preço continue a subir e, para se proteger, pretende aumentar seus estoques.
De janeiro a agosto deste ano, a balança comercial registrou um déficit de US$ 706 milhões, resultado de importações de US$ 31,546 bilhões e exportações de US$ 30,840 bilhões. Em 1998, o país registrou um déficit de US$ 6,5 bilhões.
As reuniões para a revisão dos números da balança comercial prosseguirão na próxima semana, disse Spíndola.
No mercado, comenta-se que na primeira quinzena de setembro a balança foi deficitária.


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