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COMÉRCIO EXTERIOR
A última previsão, de superávit, está superada
Governo revê projeções para a balança e admite déficit em 99
da Sucursal de Brasília
A secretária de Comércio Exterior, Lytha Spíndola, informou
que técnicos do Banco Central e
dos ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda irão se reunir, amanhã, para começar a rever, "para baixo", o saldo esperado para a balança comercial este
ano.
A última estimativa feita pelo
governo fixou em US$ 1,5 bilhão a
diferença entre as exportações e
as importações em 1999. A expectativa, agora, é que esse superávit
seja menor, ou que haja um déficit. No início do ano, esperava-se
um superávit de US$ 11 bilhões.
Spíndola afirmou que, no recálculo dos números da balança comercial, o governo levará em conta o fato de a Petrobrás estar planejando aumentar suas importações de petróleo nos próximos
meses para se precaver contra novas elevações nos preços do produto no mercado internacional.
No final do ano passado, o barril
de petróleo estava cotado a menos de US$ 10 o barril. De lá para
cá, o preço do produto já ultrapassou a marca dos US$ 20. A Petrobras teme que o preço continue a subir e, para se proteger,
pretende aumentar seus estoques.
De janeiro a agosto deste ano, a
balança comercial registrou um
déficit de US$ 706 milhões, resultado de importações de US$
31,546 bilhões e exportações de
US$ 30,840 bilhões. Em 1998, o
país registrou um déficit de US$
6,5 bilhões.
As reuniões para a revisão dos
números da balança comercial
prosseguirão na próxima semana, disse Spíndola.
No mercado, comenta-se que
na primeira quinzena de setembro a balança foi deficitária.
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