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Snow faz elogios
à "habilidade" de
Lula e Palocci
DO ENVIADO ESPECIAL A DUBAI
O secretário do Tesouro dos
EUA, John Snow, citou ontem
o Brasil como exemplo de país
cujo governo tem "liderança e
habilidade política" para adotar as medidas necessárias para
levar a economia ao crescimento. Disse ainda que o presidente
Lula e o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) são "exceções notáveis de liderança"
nos dias de hoje.
Em seu discurso durante almoço promovido pelo IIF (em
português, Instituto de Finanças Internacionais), um dos
eventos paralelos ao encontro
anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), Snow criticou os países desenvolvidos,
numa referência indireta à
União Européia e ao Japão, por
não adotarem medidas econômicas mais flexíveis que levariam a economia mundial a
sair do quadro recessivo e retomar o crescimento.
Foi nesse contexto que Snow
citou Lula e Palocci como "notáveis exceções".
O secretário disse que não faltam análises e pessoas capacitadas para perceber os problemas das economias e receitar
políticas adequadas aos países.
O que falta, afirmou, é a vontade política. "Mas há algumas
exceções no mundo, como o
ministro Palocci e o presidente
Lula, do Brasil: são exceções
notáveis de lideranças que escolhem boas políticas e usam
habilidade política para implementá-las", disse.
O Brasil recebeu outros elogios. Jacob Frenkel, presidente
da Merrill Lynch International,
disse que está otimista em relação ao Brasil e "muito impressionado" com as políticas econômicas adotadas pelo governo. "Vocês têm uma equipe
econômica extremamente eficiente, como o ministro Palocci
e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles", disse.
Ao fazer a apresentação de
Palocci no evento do IIF, o presidente mundial do Citibank,
William Rhodes, disse que Palocci é médico por formação e
também "médico do Brasil",
dando a entender que a recuperação da economia do país se
deve sobretudo ao ministro.
"Sua visão e liderança tornaram possível estabilizar a economia brasileira e criar fortes
fundações para sustentar o
crescimento econômico. A resposta do mercado ao Brasil tem
sido significativa", disse ele.
Como exemplos, citou a forte
queda do risco-país neste ano
(de uma sobretaxa de juros acima de 20 pontos percentuais
em relação à taxa dos títulos do
governo dos Estados Unidos,
no ano passado, caiu para a casa de seis pontos nas últimas
semanas) e a apreciação do real
ante o dólar.
Palocci repetiu ontem a previsão da LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) para o crescimento do Brasil em 2004, de
3,5% do PIB. Disse ainda que o
governo irá estudar, nas próximas semanas, o impacto das
recentes reduções dos juros feitas pelo Copom.
(LS)
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