São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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EFEITO RITA

Estado do Texas pode ser atingido no sábado; petrolíferas retiram funcionários e desativam refinarias na região

Bolsas caem e petróleo sobe com novo furacão

DA REDAÇÃO

O mercado americano sentiu o impacto da aproximação do furacão Rita em três frentes ontem, com a queda das Bolsas e do dólar e a alta do preço do petróleo.
A preocupação com o aumento dos preços de combustíveis como gasolina, diesel e óleo para calefação levou à queda das Bolsas. A alta dos gastos com energia pode levar os consumidores a terem menos renda disponível e reduzir os lucros das empresas.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, fechou em queda de 1%, a 10.378,03 pontos. Já a Nasdaq caiu 1,2% e fechou a 2.106,64 pontos.
O petróleo atingiu US$ 68,27 durante o dia ontem devido à preocupação com o furacão, antes de fechar a US$ 67,40, em alta de 0,9%. O barril do Brent, negociado em Londres, teve alta de 0,8% e fechou cotado a US$ 64,73.
O furacão Rita pode chegar no sábado ao Texas, que tem cerca de 25% da capacidade de refino dos EUA, menos de um mês depois de o furacão Katrina devastar refinarias na Louisiana e no Mississippi.
Um relatório do governo americano informou ontem, porém, que a produção das refinarias já voltou ao normal após o Katrina, apesar de quatro refinarias ainda estarem fechadas como resultado da passagem desse furacão.
As petrolíferas que operam no Texas continuaram ontem a retirar funcionários da área. A BP e a Marathon fecharam plantas de refino ontem. Trabalhadores também estão sendo retirados de plataformas no golfo do México.
Os contratos futuros de gasolina subiram ontem e fecharam a US$ 2,0531 o galão. Esses contratos já subiram 15% nesta semana. O preço médio do galão de gasolina nos postos nos EUA pode voltar a atingir US$ 3, após ter caído com a normalização do refino e a liberação de reservas internacionais de destilados após o Katrina.
"As pessoas estavam preocupadas depois do Katrina porque temos uma oferta de produtos apertada. Agora temos um furacão se dirigindo ao centro de refino da costa [do golfo do México], ameaçando fazer um buraco enorme em nossa oferta de produtos", disse ontem Jamal Qureshi, analista da PFC Energy.
A alta do petróleo e a preocupação com o furacão Rita também levaram à queda do dólar ontem. O euro fechou cotado a US$ 1,2214, em alta de 0,8%.


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