São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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CAFÉ

Italiana investe 2 milhões em unidade de torrefação no país para produzir para mercado interno e, depois, exportar

Lavazza faz no Brasil 1º investimento externo

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O mercado de café do Brasil é grande e deve crescer ainda mais. Olhando para esse cenário, a sexta maior rede de café do mundo, a Luigi Lavazza SPA desembarca no Brasil e constrói por aqui a primeira fábrica fora da Itália.
O anúncio ocorre às vésperas da 2ª Conferência Mundial do Café, evento que acontece de sexta a domingo, em Salvador, e que traz ao país as principais lideranças e indústrias de café do mundo.
Os investimentos e os objetivos da nova fábrica já estão definidos, mas o local ainda é incerto, segundo Giuseppe Lavazza. A nova unidade processadora da Lavazza terá investimentos iniciais de 2 milhões (R$ 5,6 milhões).
A produção inicial será para atender ao mercado interno, mas, em um segundo passo, a empresa quer atingir também o mercado externo. Há 110 anos no mercado de café, esse será o primeiro investimento da Lavazza fora da Itália.
Segundo Giuseppe, o principal motivo que orienta esses investimentos no Brasil é o potencial de crescimento de café expresso do país. Além disso, o país tem a maior variedade de tipos de café. Dados da Abic (associação das indústrias do setor) mostram que o consumo de café cresceu 9% no ano passado no Brasil.
Para o executivo italiano, a presença da empresa no país será facilitada porque ela já está habituada a trabalhar com o café do Brasil, país que fornece 50% do produto importado pela italiana. A Lavazza importa, no total, 2 milhões de sacas anualmente.
Giuseppe Lavazza acredita que "a passagem do país do cafezinho para o expresso, um produto de maior qualidade, ocorrerá naturalmente".
O fator renda não preocupa o executivo. A torrefação interna vai permitir à empresa reduzir custo na produção, colocando o café com preços mais acessíveis.
Entre os possíveis locais para a instalação da unidade industrial, o executivo destaca São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro ou Vitória.
Ricardo Ferraço, secretário de Agricultura do Espírito Santo, diz que o Estado tem grandes chances de receber o investimento. Do café importado pela Lavazza, 30% é do tipo conillon, do qual o Estado é responsável por 80% da produção nacional, diz o secretário.


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