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CAFÉ
Italiana investe 2 milhões em unidade de torrefação no país para produzir para mercado interno e, depois, exportar
Lavazza faz no Brasil 1º investimento externo
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O mercado de café do Brasil é
grande e deve crescer ainda mais.
Olhando para esse cenário, a sexta
maior rede de café do mundo, a
Luigi Lavazza SPA desembarca
no Brasil e constrói por aqui a primeira fábrica fora da Itália.
O anúncio ocorre às vésperas da
2ª Conferência Mundial do Café,
evento que acontece de sexta a
domingo, em Salvador, e que traz
ao país as principais lideranças e
indústrias de café do mundo.
Os investimentos e os objetivos
da nova fábrica já estão definidos,
mas o local ainda é incerto, segundo Giuseppe Lavazza. A nova unidade processadora da Lavazza terá investimentos iniciais de
2 milhões (R$ 5,6 milhões).
A produção inicial será para
atender ao mercado interno, mas,
em um segundo passo, a empresa
quer atingir também o mercado
externo. Há 110 anos no mercado
de café, esse será o primeiro investimento da Lavazza fora da Itália.
Segundo Giuseppe, o principal
motivo que orienta esses investimentos no Brasil é o potencial de
crescimento de café expresso do
país. Além disso, o país tem a
maior variedade de tipos de café.
Dados da Abic (associação das indústrias do setor) mostram que o
consumo de café cresceu 9% no
ano passado no Brasil.
Para o executivo italiano, a presença da empresa no país será facilitada porque ela já está habituada a trabalhar com o café do Brasil, país que fornece 50% do produto importado pela italiana. A
Lavazza importa, no total, 2 milhões de sacas anualmente.
Giuseppe Lavazza acredita que
"a passagem do país do cafezinho
para o expresso, um produto de
maior qualidade, ocorrerá naturalmente".
O fator renda não preocupa o
executivo. A torrefação interna
vai permitir à empresa reduzir
custo na produção, colocando o
café com preços mais acessíveis.
Entre os possíveis locais para a
instalação da unidade industrial,
o executivo destaca São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro ou
Vitória.
Ricardo Ferraço, secretário de
Agricultura do Espírito Santo, diz
que o Estado tem grandes chances de receber o investimento. Do
café importado pela Lavazza, 30%
é do tipo conillon, do qual o Estado é responsável por 80% da produção nacional, diz o secretário.
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