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Aumenta a greve em montadoras do PR
Além de Volkswagen/Audi e Renault, Volvo também é atingida; em SP, funcionários da GM aceitam acordo
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Os 1.800 trabalhadores da
Volvo aprovaram adesão à greve por melhores salários, ampliando a paralisação nas montadoras do Paraná, iniciada anteontem nas fábricas da Volkswagen/Audi e da Renault. Ontem eram cerca de 9.300 os trabalhadores parados.
O presidente do SMC (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba), Sérgio Butka, disse que a partir de hoje a categoria rompe negociações com o
Sinfavea (Sindicato Nacional
dos Fabricantes de Veículos
Automotores) e que vai tentar
negociações por empresa.
Também segundo Butka, a
tendência é de continuidade da
greve hoje e no final de semana.
Assembléias separadas avaliam
a paralisação na manhã de hoje,
nos pátios das três montadoras.
Os trabalhadores querem repasse do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
de 2,85% e aumento real de 5%
aplicados ao salário de setembro, mês da data-base da categoria no PR. Eles rejeitaram a
contraproposta de anteontem
do sindicato patronal, de INPC
mais aumento real de 2,10% e
abono de R$ 250, com incorporação de 0,78% do aumento
real em setembro de 2007. "É
pouco", disse Butka. O Sinfavea
não se manifestou depois de a
Volvo decidir parar e a Volks e a
Renault seguirem em greve.
A fábrica da Renault de São
José dos Pinhais deixa de produzir 250 carros a cada dia de
greve dos 3.500 trabalhadores.
Na Volks, também de São José
dos Pinhais, os 3.800 empregados estão deixando de montar
até 810 carros ao dia. Na Volvo,
de Curitiba, a greve interrompe
a produção de oito ônibus e de
32 a 35 caminhões por dia.
GM
Os funcionários da GM de
São José dos Campos (SP), rejeitaram ontem uma nova greve e aceitaram a proposta de
reajuste salarial de 5,47% proposto pela empresa. Entretanto, os trabalhadores ficaram divididos em relação ao abono
oferecido pela montadora e,
por isso, nova assembléia será
realizada hoje para definir qual
proposta que será acatada.
O Sindicato dos Metalúrgicos
de São José negociou com a GM
duas propostas de reajuste. Na
primeira delas, aprovada na assembléia realizada ontem com
funcionários do turno da manhã, o reajuste seria concedido
em duas parcelas (a primeira
em outubro e a segunda em janeiro), com abono de R$ 700.
A segunda proposta apresentada pela montadora prevê a
aplicação integral do reajuste
só em janeiro, mas com abono
de R$ 1.200. Essa foi a proposta
aceita pela maioria no turno da
tarde. Devido à divisão, o sindicato anunciou a realização de
uma nova assembléia hoje.
Os funcionários da GM fizeram paralisação de 24 horas
contra o índice de reajuste oferecido pela empresa. Inicialmente, o sindicato exigia 13,8%
de aumento. A proposta foi fechada em 5,47%.
Colaborou FÁBIO AMATO , da Agência Folha, em
São José dos Campos
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