São Paulo, sexta-feira, 22 de setembro de 2006

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Aumenta a greve em montadoras do PR

Além de Volkswagen/Audi e Renault, Volvo também é atingida; em SP, funcionários da GM aceitam acordo

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Os 1.800 trabalhadores da Volvo aprovaram adesão à greve por melhores salários, ampliando a paralisação nas montadoras do Paraná, iniciada anteontem nas fábricas da Volkswagen/Audi e da Renault. Ontem eram cerca de 9.300 os trabalhadores parados.
O presidente do SMC (Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba), Sérgio Butka, disse que a partir de hoje a categoria rompe negociações com o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e que vai tentar negociações por empresa.
Também segundo Butka, a tendência é de continuidade da greve hoje e no final de semana. Assembléias separadas avaliam a paralisação na manhã de hoje, nos pátios das três montadoras.
Os trabalhadores querem repasse do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 2,85% e aumento real de 5% aplicados ao salário de setembro, mês da data-base da categoria no PR. Eles rejeitaram a contraproposta de anteontem do sindicato patronal, de INPC mais aumento real de 2,10% e abono de R$ 250, com incorporação de 0,78% do aumento real em setembro de 2007. "É pouco", disse Butka. O Sinfavea não se manifestou depois de a Volvo decidir parar e a Volks e a Renault seguirem em greve.
A fábrica da Renault de São José dos Pinhais deixa de produzir 250 carros a cada dia de greve dos 3.500 trabalhadores. Na Volks, também de São José dos Pinhais, os 3.800 empregados estão deixando de montar até 810 carros ao dia. Na Volvo, de Curitiba, a greve interrompe a produção de oito ônibus e de 32 a 35 caminhões por dia.

GM
Os funcionários da GM de São José dos Campos (SP), rejeitaram ontem uma nova greve e aceitaram a proposta de reajuste salarial de 5,47% proposto pela empresa. Entretanto, os trabalhadores ficaram divididos em relação ao abono oferecido pela montadora e, por isso, nova assembléia será realizada hoje para definir qual proposta que será acatada.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José negociou com a GM duas propostas de reajuste. Na primeira delas, aprovada na assembléia realizada ontem com funcionários do turno da manhã, o reajuste seria concedido em duas parcelas (a primeira em outubro e a segunda em janeiro), com abono de R$ 700.
A segunda proposta apresentada pela montadora prevê a aplicação integral do reajuste só em janeiro, mas com abono de R$ 1.200. Essa foi a proposta aceita pela maioria no turno da tarde. Devido à divisão, o sindicato anunciou a realização de uma nova assembléia hoje.
Os funcionários da GM fizeram paralisação de 24 horas contra o índice de reajuste oferecido pela empresa. Inicialmente, o sindicato exigia 13,8% de aumento. A proposta foi fechada em 5,47%.


Colaborou FÁBIO AMATO , da Agência Folha, em São José dos Campos


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