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Segmento prevê onda de transações
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A estratégia de crescimento
das redes de franquia por meio
da formação de grupos busca
reduzir gastos com gestão, ampliar a base de clientes e até
usar marketing cruzado.
Esse foi o caso, por exemplo,
da fusão anunciada neste mês
entre a rede de idiomas CNA e a
de padarias Uno & Due.
Segundo o diretor de marketing da CNA, Leonardo Cirino,
não vai haver redução da estrutura de gestão ou custos, o ganho será na sinergia. "Estamos
estudando a venda de franquias
da Uno & Due para franqueados do CNA e anúncios da escola nas embalagens da Uno &
Due. São negócios complementares." A rede de padarias espera abrir 20 novas unidades até o
fim do ano. Hoje, são 54.
É o mesmo conceito do Café
Donuts e da livraria Nobel, ambas da Franchising Ventures. E
com a constituição do fundo
para gerenciar as bandeiras haverá redução de custos com a
estrutura central comum, diz o
diretor do Franchising Ventures, Sérgio Milano. Ele prevê
cortar 50% de custos, mantendo a rentabilidade.
São esses os motivos para o
diretor-executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising), Ricardo Camargo, acreditar que as transações de hoje
vão desembocar em IPOs.
Essa também é a aposta do
consultor Marcelo Cherto, sócio da consultoria Cherto, que
criou um departamento específico para as transações no setor.
A empresa fez a fusão de China In Box e Gendai, em julho, e
tem outras três em curso. "A
gente acredita que vem um terremoto por aí." Ele diz que a
maioria gostaria de abrir o capital, "mas poucas têm porte".
De tamanho médio, essas redes são pouco percebidas pelo
mercado, tanto que as consultorias financeiras não acompanham as transações do setor.
O maior número de negócios,
segundo Camargo, ocorre nos
setores de educação e alimentos, que estão entre os maiores
do setor de franquias, segundo
dados da ABF de 2006.
O segmento de alimentação é
o primeiro em número de redes, com 197, e segundo em faturamento, com R$ 6,39 milhões. Educação e treinamento
é o segundo segmento em número de unidades, com 10.619.
Para o gerente sênior da área
de "corporate finance" da Deloitte, Reinaldo Grasson, a consolidação no setor de franquias
é recente, mas é um movimento necessário para o aumento
da competitividade das empresas. "Propicia sinergia de gestão, redução de custos, aumento da base de clientes."
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