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Brasileiro passa a investir mais a longo prazo, aponta pesquisa
DA SUCURSAL DO RIO
Indicador criado pelo economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas, indica que o
brasileiro passou a investir
mais na possibilidade de gerar
renda no futuro do que no consumo a curto prazo. Para ele, o
brasileiro passou a ser "mais
formiga" do que "cigarra", em
alusão à fábula do escritor francês La Fontaine (1621-1695).
De acordo com o pesquisador, houve alta de 15% no potencial de consumo do brasileiro entre 2003 e 2008, enquanto
o potencial de geração de renda
subiu 28% no mesmo período.
O potencial de consumo é
calculado com o aumento da
presença de bens como televisor, geladeira, entre outros. Indica, para Neri, como o potencial de consumo pode ser ampliado. Já o de geração de renda
se baseia em investimentos como educação, previdência privada e bens como celular ou
computador -vistos com potencial para melhorar a renda.
"Talvez o brasileiro esteja se
tornando mais formiga, no sentido de investir mais no futuro.
Isso talvez reflita o fato de que a
década de 90 foi a década do
consumidor", disse Neri.
Para ele, o Plano Real aumentou o acesso aos bens de
consumo. Agora, a maioria está,
segundo essa análise, investindo mais na possibilidade de geração de renda no futuro.
Uma pesquisa de 2006 da
FGV mostrou que os brasileiros são os mais otimistas em relação ao futuro. No entanto,
não creem tanto no país -o índice pessoal é de 8,78 e o de
crença no país, de 6,84.
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