São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009

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Brasileiro passa a investir mais a longo prazo, aponta pesquisa

DA SUCURSAL DO RIO

Indicador criado pelo economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas, indica que o brasileiro passou a investir mais na possibilidade de gerar renda no futuro do que no consumo a curto prazo. Para ele, o brasileiro passou a ser "mais formiga" do que "cigarra", em alusão à fábula do escritor francês La Fontaine (1621-1695).
De acordo com o pesquisador, houve alta de 15% no potencial de consumo do brasileiro entre 2003 e 2008, enquanto o potencial de geração de renda subiu 28% no mesmo período.
O potencial de consumo é calculado com o aumento da presença de bens como televisor, geladeira, entre outros. Indica, para Neri, como o potencial de consumo pode ser ampliado. Já o de geração de renda se baseia em investimentos como educação, previdência privada e bens como celular ou computador -vistos com potencial para melhorar a renda.
"Talvez o brasileiro esteja se tornando mais formiga, no sentido de investir mais no futuro. Isso talvez reflita o fato de que a década de 90 foi a década do consumidor", disse Neri.
Para ele, o Plano Real aumentou o acesso aos bens de consumo. Agora, a maioria está, segundo essa análise, investindo mais na possibilidade de geração de renda no futuro.
Uma pesquisa de 2006 da FGV mostrou que os brasileiros são os mais otimistas em relação ao futuro. No entanto, não creem tanto no país -o índice pessoal é de 8,78 e o de crença no país, de 6,84.


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