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Bolsa escapa de dia ruim no exterior e ganha 0,37%
Valorização faz Bovespa
encostar nos 61 mil pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
Apoiada nas ações de empresas do setor de siderurgia e mineração, a Bovespa conseguiu
se esquivar do cenário negativo
nas Bolsas internacionais e terminou o pregão com alta.
Com a valorização de 0,37%
de ontem, a Bovespa encostou
nos 61 mil pontos -fechou a
60.928 pontos, nova máxima
desde julho de 2008.
Em Wall Street, o índice Dow
Jones, que reúne 30 das ações
americanas mais negociadas,
recuou 0,42%. A Bolsa de Londres caiu 0,74%, e a de Frankfurt perdeu 0,62%.
Nos EUA, a agenda econômica trouxe a apresentação do índice de indicadores antecedentes, que mostrou elevação de
0,6% em agosto, sendo o quinto
mês consecutivo de expansão.
Apesar de positivo, o indicador ficou abaixo das projeções
do mercado -que contava com
aumento de 0,7%. Dessa forma,
acabou por ter pouco efeito sobre o mercado. Os indicadores
antecedentes são um importante sinalizador da tendência
futura da economia.
Na primeira hora de pregão,
o índice Ibovespa (das 64 ações
brasileiras de maior negociação) operou no vermelho, em
sintonia com o cenário internacional, registrando perdas de
mais de 1%. Mas a alta de ações
de empresas como Vale, Usiminas e Gerdau favoreceu sua recuperação.
Devido a seu peso na composição do Ibovespa, a alta de
1,83% registrada pela ação PNA
da Vale foi fundamental para o
resultado da Bolsa. A ação fechou negociada a R$ 36,10, seu
maior valor em quase 13 meses.
No ano, o papel acumula valorização de 53,76%.
Informações de que o empresário Eike Batista segue em sua
tentativa de entrar para o grupo de controle da Vale ajudaram a esquentar os negócios no
pregão. A ação PNA da companhia foi a mais negociada no
pregão, com quase 15% do total
movimentado. Seu papel ON,
que está nos fundos FGTS/Vale, subiu 1,72%.
No segmento de siderurgia e
mineração quem mais subiu foi
Usiminas ON, que terminou o
dia com apreciação de 3,12%.
Para a ação preferencial da
Gerdau o pregão representou
ganho de 0,94%.
No lado negativo, as ações do
frigorífico JBS estiveram entre
as que fecharam no vermelho,
com baixa de 1,69%. Os investidores optaram por se desfazer
dos papéis do JBS, após a disparada da semana passada. Movida pelos anúncios de aquisições
feitas pelo frigorífico, a ação ordinária do JBS saltou 13,46%
na última semana.
Já os papéis da Petrobras refletiram a queda do barril de
petróleo -que fechou a US$
69,71 em Nova York, após recuar 3,23%. A ação PN da Petrobras teve baixa de 0,14%.
O setor bancário também
não teve um pregão favorável.
As ações ordinárias do Banco
do Brasil perderam 1,03%; Bradesco PN caiu 0,82%; e Itaú
Unibanco PN recuou 0,73%.
Dólar respira
Após romper o piso de R$
1,80 durante as operações da
semana passada, o dólar esboçou recuperação ontem. A
moeda norte-americana encerrou o dia com apreciação de
0,50%, cotada a R$ 1,818.
Ontem, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal
que mostra as projeções das
instituições financeiras sobre
diversos tópicos econômicos.
Em relação ao câmbio, a pesquisa mostrou que os bancos
contam com a moeda norte-americana cotada a R$ 1,80 no
fim do ano. Há um mês, a projeção do mercado era de dólar a
R$ 1,85 em dezembro.
A moeda americana acumula
depreciação de 22,1% diante do
real em 2009. Neste mês, a queda está em 3,81%.
(FABRICIO VIEIRA)
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