São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009

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Bolsa escapa de dia ruim no exterior e ganha 0,37%

Valorização faz Bovespa encostar nos 61 mil pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

Apoiada nas ações de empresas do setor de siderurgia e mineração, a Bovespa conseguiu se esquivar do cenário negativo nas Bolsas internacionais e terminou o pregão com alta.
Com a valorização de 0,37% de ontem, a Bovespa encostou nos 61 mil pontos -fechou a 60.928 pontos, nova máxima desde julho de 2008.
Em Wall Street, o índice Dow Jones, que reúne 30 das ações americanas mais negociadas, recuou 0,42%. A Bolsa de Londres caiu 0,74%, e a de Frankfurt perdeu 0,62%.
Nos EUA, a agenda econômica trouxe a apresentação do índice de indicadores antecedentes, que mostrou elevação de 0,6% em agosto, sendo o quinto mês consecutivo de expansão.
Apesar de positivo, o indicador ficou abaixo das projeções do mercado -que contava com aumento de 0,7%. Dessa forma, acabou por ter pouco efeito sobre o mercado. Os indicadores antecedentes são um importante sinalizador da tendência futura da economia.
Na primeira hora de pregão, o índice Ibovespa (das 64 ações brasileiras de maior negociação) operou no vermelho, em sintonia com o cenário internacional, registrando perdas de mais de 1%. Mas a alta de ações de empresas como Vale, Usiminas e Gerdau favoreceu sua recuperação.
Devido a seu peso na composição do Ibovespa, a alta de 1,83% registrada pela ação PNA da Vale foi fundamental para o resultado da Bolsa. A ação fechou negociada a R$ 36,10, seu maior valor em quase 13 meses.
No ano, o papel acumula valorização de 53,76%.
Informações de que o empresário Eike Batista segue em sua tentativa de entrar para o grupo de controle da Vale ajudaram a esquentar os negócios no pregão. A ação PNA da companhia foi a mais negociada no pregão, com quase 15% do total movimentado. Seu papel ON, que está nos fundos FGTS/Vale, subiu 1,72%.
No segmento de siderurgia e mineração quem mais subiu foi Usiminas ON, que terminou o dia com apreciação de 3,12%. Para a ação preferencial da Gerdau o pregão representou ganho de 0,94%.
No lado negativo, as ações do frigorífico JBS estiveram entre as que fecharam no vermelho, com baixa de 1,69%. Os investidores optaram por se desfazer dos papéis do JBS, após a disparada da semana passada. Movida pelos anúncios de aquisições feitas pelo frigorífico, a ação ordinária do JBS saltou 13,46% na última semana.
Já os papéis da Petrobras refletiram a queda do barril de petróleo -que fechou a US$ 69,71 em Nova York, após recuar 3,23%. A ação PN da Petrobras teve baixa de 0,14%.
O setor bancário também não teve um pregão favorável. As ações ordinárias do Banco do Brasil perderam 1,03%; Bradesco PN caiu 0,82%; e Itaú Unibanco PN recuou 0,73%.

Dólar respira
Após romper o piso de R$ 1,80 durante as operações da semana passada, o dólar esboçou recuperação ontem. A moeda norte-americana encerrou o dia com apreciação de 0,50%, cotada a R$ 1,818.
Ontem, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal que mostra as projeções das instituições financeiras sobre diversos tópicos econômicos. Em relação ao câmbio, a pesquisa mostrou que os bancos contam com a moeda norte-americana cotada a R$ 1,80 no fim do ano. Há um mês, a projeção do mercado era de dólar a R$ 1,85 em dezembro.
A moeda americana acumula depreciação de 22,1% diante do real em 2009. Neste mês, a queda está em 3,81%.
(FABRICIO VIEIRA)


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