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Aeronáutica diz que
descarta um acordo
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
A Aeronáutica descarta a possibilidade de o Brasil fechar um
acordo com os Estados Unidos
para a liberação do espaço aéreo
brasileiro às empresas norte-americanas.
Segundo informou a Cernai
(Comissão de Estudos Relativos à
Navegação Aérea Internacional),
órgão da Aeronáutica onde a hipótese seria estudada, "o Brasil
não cogita celebrar acordos de
"céus abertos" a fim de preservar,
nas negociações bilaterais, os fatores básicos para o ordenamento
do mercado aéreo nacional".
Por um acordo de "céus abertos", as companhias dos países
signatários têm livre acesso ao outro mercado e ficam liberadas para estabelecer o número de vôos,
rotas e preços. A única restrição é
a prática de cabotagem (venda de
passagens de rotas internas), diz a
Cernai.
A Cernai defende a preservação
do atual sistema bilateral, que
abre para as companhias estrangeiras o mesmo número de frequências com que as empresas
nacionais voam para os seus países.
O secretário norte-americano
de Transportes, Rodney Slater,
disse anteontem, no Rio, ter expectativas de fechar em breve
com o Brasil um acordo de "céus
abertos".
Segundo Slater, as companhias
brasileiras teriam vantagens com
a abertura do mercado norte-americano (643 milhões de passageiros por ano) -opinião vista
com reserva pela diretoria da Varig, a maior companhia nacional.
Não é a primeira vez que o governo norte-americano aborda o
assunto em relação ao Brasil, mas,
segundo a Cernai, "os Estados
Unidos respeitam a nossa posição".
A concorrência entre as empresas brasileiras em rotas internacionais é uma das preocupações
do DAC (Departamento de Aviação Civil), órgão que regulamenta
o setor e que chegou a cogitar um
acordo operacional para evitar a
coincidência de vôos.
Algumas companhias, como a
Transbrasil e a Varig, cancelaram
vôos e se concentraram nas suas
rotas mais rentáveis.
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